Quando o nascimento dos escombros
não for mais figura de linguagem Mas apenas pó, terra e o concreto esfacelado Um bebê inédito e rasgado na queda Esquece sem ter conhecido a mãe riscada e soterrada Num cordão desfeito, mas pendurado, arrastado e rasgado na vertigem Um laço maior acabado e sobrevivente na novidade Como se registrasse maior e para o mundo Que a novidade frágil vai resistir Os novos olhos concretaram a luz anterior da mãe Mas o resquício do amor soterrado criou sulcos A vida, como lembrete e maior que o pó Parecia a imagem de tudo que resiste A vida além da família e de tudo que poderia ter sido A vida além mesmo da sobrevivência ainda poderia caber enigmática As imagens que enovelam corações e sentimentos Não mais difusos e que viessem a salvar a distância do sofrimento A distância de cidades estremecidas muito além também da segurança da terra Os pedaços de prédios como símbolos sem guerra Como se a lembrar os sobreviventes da iminência da destruição Sem previsão inventando horas e caminhos partidos Não era mais sobre bebês e prédios Nem sobre salvações e salvamentos de olhares empoeirados É sobre a obstinada vontade de ter nesses olhos além do rejunte Que areia, pó, cimento e lágrimas cederiam ao horizonte das câmeras É sobre dar a mão a um corpo inteiro talvez que se pergunte se está vivo ou não Pois além dos cacos e fragmentos restam corações... Corações de quem lembrou para além de tudo que esfarela Ainda há sol e noite para pisar com alguma vida... Este poema surgiu de rompante após ver a imagem de uma bebê salva no terremoto da Turquia, mas que infelizmente toda sua família, incluindo sua mãe (ainda presa pelo cordão umbilical à filha) não resistiram. Essa imagem atordoou minha alma, e não posso à distância ajudar nos resgates, mas cedi meu olhar de poesia a essas pessoas, que mostram a resistência humana para além de tudo...
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Todos os dias somos cercados de pessoas, mesmo quando sozinhos. E não de um modo metafísico ou espírita, mas nos atos e objetos mais simples do dia a dia, estamos cercados de pessoas, vivas e mortas (não espíritos, que fique novamente claro!). Peguei-me olhando com êxtase e espanto para tudo que me rodeia, e todas essas coisas foram feitas por pessoas, direta ou indiretamente, se um computador não foi feito manualmente por uma pessoa, a máquina que faz as máquinas foi...
Enfim estamos rodeados de pessoas, em nossas memórias palavras e gestos de pessoas, nunca estamos completamente sozinhos, e dessa observação nasceu o poema abaixo: Dos que fizeram a vida Para todas as pessoas que vivem em mim sem saber As que me deram a madeira já perfeita na mesa Ou o gesso que não quebrou como os namoros que passaram Ou ainda as telas que mandam outras pessoas a mais Os que fizeram os pisos que ainda não cheguei a dançar Ou as paredes que alimentam com meu próprio sol Os computadores com elétrons da mais última ciência As carcaças plásticas que exumam os dias Os que fizeram o relógio que inventa a hora de acordar Os que fizeram os papéis e os ensebaram em livros cansados Os que fizeram os enfeites não pela pequena beleza, mas a salvação Os que fizeram até a comida que me engana da morte Ou ainda e até os mortos que viveram passando palavras Como se fosse um jogo sem juiz ou regra maior Não tenho a esperteza de todos eles Mas moro tão neles que há um alívio Pois mesmo na penumbra das horas e a noite calada Tenho a cama, também feita pela inteligência de quem nunca vi E nesse extremo anonimato vestido de casa e enigma Tenho as horas todas acompanhadas Daqueles que me amam sem jamais terem me visto Sou o resquício, último e verdadeiro companheiro desse mistério Que é estar sozinho e sempre acompanhado Do maior visitante que teria de chamar de vida... Um mendigo como símbolo. Não de uma proposta de vida única e singular, mas de uma nação inteira. Pedestres dançavam no desfile das pernas como uma brutal, insensível e visível indiferença. Mas havia um detalhe, um detalhe tão singelo que expunha uma nação ao seu momento de dorido sono e descaso. O mendigo fazendo de cobertor na cama improvável do chão duro e concreto a bandeira do Brasil. Era como se a própria nação na cena estivesse largada ao chão, e tentando esconder os dedos e cabelos já sujos acima do verde das matas mas sem ouro para brilhar uma realidade diferente. Nem o céu era azul para manter aquela cena, afinal, verão são as chuvas torrenciais que desmantelam casas ano após ano sem nenhuma novidade e com o mesmo descaso de sempre. Um homem anônimo e lançado ao seu descanso sobre a dureza e aspereza de estar no subterrâneo da vida. Não sei sua história, mas também por vezes não sei sequer a minha, o que sei é que aquela visão, aquela cena me despertou ao poético após longos meses sem escrever, e abaixo vem as letras que vieram sobre esse corpo enrolado na bandeira do nosso pais...
Bandeira de cartas marcadas Farmácia virou show-room de mais uma doença embalada Não sobra mais asfalto de colchão da pátria amada Como símbolo último a bandeira é coberta Como se o passado indigente tentasse ao menos descansar O sono é forte nas veias menos de sangue que tormenta Mas não uma tormenta tal qual dos mares Uma de silêncio e furiosa indiferença... A pátria se deita em um mendigo Não pela desgraça dos vencidos Mas daqueles que nem chegaram a jogar Porque infelizmente para ser vencido é preciso jogar Um jogo estranho de cartas marcadas E o coringa maior pode convencer e ter nome Antigo, encarnado e encantado pela sombra Da avareza dos instintos em descompasso Surgem regras petrificadas Nem se pensa na ressecada maldade indiferente Que parte como se fosse apenas um outro minuto Os passos nem pedem o chão como se fosse fácil passar Os olhos escancarados nem lembram ou revelam São enigmas partidos de uma existência sem pátria Apenas o concreto como travesseiro dos sonhos perdidos Como a sujeira e dedos na bandeira retrato De um mendigo símbolo de tudo que seria De um país que seria e se sujou e se cansou De um país que dormiu no asfalto esquecido... Epitáfio honesto e genuíno de um Poeta do Horizonte: "Nasce bobo, morre bobo" Trevas, Ilusão, Confusão. Existem verdadeiramente? Quem se confunde e se ilude ou obscurece? No exato momento que se reconhece a Ilusão, tem como estar iludido? Quando se percebe a Confusão, há como estar confuso? Nenhum desses conceitos verdadeiramente existe... A única coisa que se confunde, ilude e se perde é a Mente, a Con-Sciência jamais se perde, ela é Absoluta, aliás, é o próprio Absoluto...
A Mente cria Meta, Objetivo, Propósito. Hoje escuta-se muito que é preciso achar o Propósito da Vida, ou uma Missão... Isso gera mais confusão existencial e mais angústia, porque a pessoa que busca Propósito e uma Missão vai aos poucos percebendo que não encontra, que não tem uma definição dada pela Mente para encontrar uma Missão ou Propósito. Aí inicia-se outra Jornada, só que agora em busca do Propósito... É só mais um artifício mental, expresso na frase popular: "Você chega lá!". A linguagem dos entes que ainda não despertaram revela muito, e embora usem mecanicamente como rôbos, diz muito da essência que está sendo operada nestes entes. Por exemplo, as pessoas dizem umas das outras, com orgulho: "Esse é guerreiro! Batalhador!", mas não percebem o duplipensar como dizia Orwell, que tudo que elas pedem nas rezas, missas (aliás, detalhe, os religiosos que não são espiritualistas, crêem que ir um dia por semana e rezar em uma missa ou qualquer outro culto, é ser religioso no sentido profundo, e o resto da semana qualquer insensatez pode ser feita, porque no domingo eu rezo, como se a divindade tirasse folga das Obras Divinas um milésimo de segundo sequer! Só no Gênesis o Deus criou em seis e descansou no sétimo, e agora está onde? Enquanto a verdadeira atenção ao Divino não for em cada mínimo detalhe de todos os dias, nada será despertado...) é Paz pelo Mundo, pelas pessoas, para acabar os conflitos, mas se chama e aos demais de guerreiro e batalhador! Quem "luta pela sobrevivência", não percebe que está numa ideia da Mente e está gerando guerra no Universo, e que só de acreditar nessa postura de "luta" gera desordem no Ser... E rezar é um processo mental também, só a Con-Sciência transmuta os elementos que no Ser habitam. Esse espírito de "luta" é reconhecido pela Mãe Natureza, e ela lhe dará isso, na última Verdade não há luta, e aí Tudo passa a fluir. E o Sábio está perfeito e concluído no aqui, no agora, não tem outro lugar em Mente que possa governar e dirigir seus atos, ele sabe que a busca desenfreada pelo "lá" o fará perder o aqui, e ele está pleno e perfeito no aqui, o que precisa ser buscado que não esteja já aqui? O Tao está imerso e preenchendo qualquer canto de qualquer Universo dos múltiplos Universos, e o Sábio se tornou o Caminho, ou seja, não existe mais caminhante, ele se tornou o Caminho, as coisas vêm naturalmente a Ele, não é necessário mais correr atrás de absolutamente Nada, pois sendo o Sábio o Nada Absoluto, a Ele Tudo de todos os Universos irão retornar, e como transcendeu Vida X Morte e o próprio Tempo, não tem mais a impaciência da Mente, pois tudo vem no devido momento que sua Con-Sciência atrair com calma e serenidade. E esse "lá" que o povo fala para "conquistar seus objetivos" (detalhe, conquistar denota que a Alma está em Guerra com a Natureza e quer dominá-la, não amá-la), e sempre é um "lá" muito distante, como os outros Universos, quanto mais distante mais o Ego fica contente em "vencer", esse "lá" assume várias formas: conquistar bens; conquistar homem/mulher (como estar em guerra ou querer dominar o Sagrado Masculino ou o Sagrado Feminino?); conquistar fama; conquistar seguidores; conquistar o mundo espiritual... Enfim, não acredite que o dito "mundo espiritual" (minha grande pergunta: o que está fora do Espírito?), é só de iluminados e despertos, pois por vezes o Ego até aumenta com a frase: "Eu sou espiritualista, não ligo pra matéria", esse é o máximo do Ego, um dos mais difíceis de dissolver, e nada espiritualista, pois todo verdadeiro espiritualista sabe que não existe Matéria X Espírito. Verdadeiramente vence aquele que nem quer vencer e largou qualquer disputa, seja disputa consigo, com Universo, com a Natureza, com Tudo em suma, pois ele também sabe que Tudo que existe é ele, ele é o Tao, e que se um único átomo nos confins do Cosmos fosse diferente ou estivesse em outro lugar, ele seria diferente, pois absolutamente tudo está interligado... A Mente portanto cria um Eldorado (ilusão da separatividade) muito distante, mas é um truque para ludibriar a atenção do Agora. Aliás, o Sábio percebe que nem Agora existe, tudo é relativo à oscilação de sua Con-Sciência, e com atenção, Energia e foco pode acessar o Akasha e seus registros. E a distância que a Mente cria para alcançar o Supremo (está em todos os cantos de qualquer lugar, não precisa sair de onde se está pela Suprema Divindade), exigirá um esforço tremendo, e a Mãe Natureza age sem esforço, o wei wu wei taoísta, a ação pela não-ação. O que significa isso? Qual o esforço de um Rio ser Rio? Qual esforço há em uma árvore dando um fruto? Ou uma Flor? Demorou bilhões de anos para conformar um Universo dessa forma, por que a Mente quer agora algo que ela julga a Felicidade fora deste instante? A Mente apressada irá ter de fazer o corpo esforçar-se para conseguir o que tanto quer, ou seja, precisará de Energia em demasia. A Natureza age gastando sempre a menor quantidade de Energia possível, e por isso naturalmente vai assumindo formas diferentes e novos padrões. Um Rio é a insistência paciente da água escavando a Terra. E o Ego perdido em sua ilusão, perde chances e oportunidades, porque querendo cumprir um caminho imaginário e não o Caminho, "perde" (na Verdade e no Universo, nada se perde) chances e surpresas. Imagine que um homem almeja por uma mulher com certas características para ser parceira de sua Jornada. Porém na ânsia de sermos sempre os mais rápidos, em uma viagem podendo escolher entre ônibus ou avião o mundo moderno preferirá o avião, "economiza tempo" (ainda não descobri como se faz essa conta de economia se o tempo sequer existe... Ilusões humanas...), mas a parceira que ele tanto sonha estaria na parada do ônibus e ele escolheu avião, porque é "mais rápido". Mas em verdade, sempre escolhemos o que a Energia precisa, mesmo com o pequeno Ego... E o caminho mais curto não é o mais fácil necessariamente. Um Rio "aumenta" em vários quilômetros sua descida só para ter uma descida mais fácil, senão seria uma linha reta da Fonte ao Oceano, e assim ultrapassa barreiras de dificuldade contornando o que torna seu Caminho sinuoso, mas fácil, simples, elegante. E como o Sábio já chegou de onde nunca saiu (porque na Verdade, ninguém sai, o Ego é uma neblina, não a perda divina), ele está paciente e aceita "aumentar" seu Caminho e descobrir tudo a seu momento de Con-Sciência. Uma semente não nasce em um dia, mesmo que nos esforcemos muito com químicas e transgênicos, ainda assim há um tempo daquele código na semente desabrochar, e a vida moderna, como diz o popular "quer para ontem", sem perceber o real "porquê" de haver este "tempo". O Rio não é reto para o Oceano. A Mente retificadora de tudo, acha que o "objetivo" do Rio é atingir o Oceano, mas e se ele formar um lago e não desaguar no Oceano? Deu "errado"? Nunca, pois a Natureza fez um lago, e nenhum problema há no lago existir. A Mente diz: "Mas não chegou no Oceano!", e um Sábio diz: "Ainda não, mas pode chegar ainda nessa nossa vida... Basta a água do lago sublimar, o vento levar essas gotículas para a costa e lá chover... O lago também chega ao Oceano... Em Verdade Tudo chega em tudo no seu devido momento. Se não chegou, ainda não é o momento...". Não há nenhum objetivo no Tao, na Verdade, na Iluminação, e isso é desolador para a Mente que ainda quer "chegar lá". Só quem quer "chegar" aqui, e na Verdade nem é "chegar", mas descobrir, ou seja, tirar a cobertura da Ilusão, do véu de Maya... Um Sábio se tornou o Zero Absoluto, Tudo passa por ele, mas nada É ele... O Sábio sabe de Tudo sem conhecer nada, pois o conhecimento é ilusório, conhecimento não É a Verdade Absoluta. Dissolvendo o conhecimento, sabe-se e faz-se presente a dama mais desformosa (por não ter forma) de todos os diversos Cosmos: Verdade... E só esta dama liberta... Que o Tao clarifique os pequenos caminhos para os dissolver no Zero Absoluto. No Nunca dizemos a alguém "se ocidente na Vida!", mesmo um pobre ocidental diz: "se oriente na Vida!", ou seja, volte-se ao Oriente. Como diz Gilberto Gil: "Se oriente rapaz, pela constelação do Cruzeiro do Sul...". E há uma razão tão fundamental a isso, que somente aquele que compreender essa razão (em boa Verdade, essa desrazão...), irá desvendar todo o Enigma e passará a viver o Mistério... Algo que a mente ocidental não consegue compreender (porque é o problema da mente) é que qualquer história a apazígua, mas não é a Verdade... Como assim? Toda história, é apenas isto, uma história. E uma história é uma história possível dentro de um Uni-Verso irrestrito de possibilidades. Nem tudo que faz sentido e apazígua a mente é Verdade (aliás nada que seja sentido pela mente É Verdade, toda estruturação que a mente faz é uma metáfora, uma aproximação grosseira para apaziguar o gigantesco véu de Mistério que recobre o Todo, e o Nada, e Heráclito sabia disso: "A Natureza (physis) ama se esconder..."). Vejamos um exemplo tosco. Seu amado (ou amada) vai encontrar uma outra amada (ou amado) dele (ou dela), e quando lhe encontra diz que foi ao mercado comprar frutas (ou qualquer outra história). Isso acalma e apazígua a mente do pobre enganado (que pediu para ser enganado, mas aceitar isso é aceitar o Mistério, o que à maioria dos pobres humanos é inaceitável, dizer que buscamos as experiências que nos ocorrem é inconcebível para alguém sem auto-conhecimento, mas lembrai: "Conhece-te a ti mesmo"), e como ele sequer despertou sua sensibilidade e o Cor-Ação, e está tão imbuído e perdido na própria mente que sequer sentirá o que o Cor-Ação sabe, mas sua mente não quer enfrentar conscientemente, porque terá de enfrentar demônios maiores em suas trevas internas. Uma história é apenas isso, uma história. Nem mesmo a história de que você é filho do seu pai e mãe, de que você tem um corpo, ou a história de que você tem um trabalho, nada de nenhuma história pode passar de uma história possível, dentro (novamente) de um Uni-Verso irrestrito de possibilidades. Como assim? Há a história de que você é a reencarnação de um espírito, e que seu atual "eu" é apenas a carcaça para expressar esse arquétipo que viveu em outro momento nesta Terra (ou fora dela). E é uma história sedutora, mas também, é uma história possível, não a Verdade inteira... Pelo menos ela já inicia a quebra de um "eu" sólido identificado com este corpo que nasceu de um pai e uma mãe, que tem suas "individualidades". É um início, mas no Nunca uma Verdade completa, novamente. Uma história, como algo para apaziguar o Mistério é uma metáfora grosseira, e sem Con-Sciência irá trazer mais perturbação que apaziguamento, porque a mente se perderá: "Como sou um espírito de outra era? Mas nasci aqui? Como assim?" e entrará numa espiral que pode desintegrar inclusive a sanidade do pobre coitado. Sem verdadeira Con-Sciência nada se atinge, e em Verdade, com Ela o NADA se atinge... Olhe neste exato momento que lê estas palavras. Onde está? Que história está contando a si mesmo? Quem acha que é? Pare a leitura deste texto, realmente investigue no seu mais íntimo essas perguntas, volte se e quando tiver uma resposta. Quando voltar, se a resposta for: "Estou no meu quarto. Sou empregado de tal empresa...", pare, você está travado no Uni-Verso acreditando e dando alimento para sua história e isso fecha outras possibilidades... "Estou na Terra. Sou um ser Humano...", pare! Um pouco melhor, mas está travado em outra história, um pouco mais elaborada que a primeira, mas historinha de alguém muito longe da Verdade, o que é um "Ser Humano"? Enfim... "Estou no Sistema Solar. Sou uma reencarnação de um grande Faraó...", pare, pare! Outra historinha, e os que estão buscando pela espiritualidade e se iniciam por essas "Vidas passadas", se não buscar realmente a Verdade, sempre será um Faraó, Napoleão, Alexandre o Grande, nunca, para esses que não investigam realmente, foram apenas um serviçal da aristocracia francesa, e nisso já se percebe que esta encarnação ainda está presa num padrão de Ego, porque como ela seria no passado "um simples" serviçal? Não se renasce sendo algo diverso do que se era, ou seja o atual padrão não foge do que se foi... O padrão da Con-Sciência não se perde dentro do Campo Morfogenético, apenas a historinha da mente, para tentar contar OUTRA historinha para entreter essa nova mente. Em termos computacionais, é um reboot (ou reset) no sistema, vamos ver se agora o sistema "não trava". "Estou na Galáxia. Sou um processo de aprendizado do ambiente que reuniu os elementos que tem para dar uma Con-Sciência e aprender o máximo possível do ambiente para criar algo novo, para criar e compreender. Sou isso.", deixei este arquétipo falar porque nele se encontra a semente da liberação final, os outros nem vale ouvir muito das historinhas (embora o Mestre por compaixão escute a litania, e de Cor-Ação... acredite, para uma Con-Sciência verdadeira, há muita compaixão em ouvir historinhas, ainda mais as que ressoam o chacra base...), porque se o intuito do leitor é aprofundar a Con-Sciência, as outras não ressoam um padrão (arquétipo) muito promissor para Ela... Mas esta última historinha tem a semente, ela está engatinhando em algo muito maior, está dando os primeiros passos, aprendendo o "be-a-bá" de um grande Criador. Esse irá buscar o Espelho Maior... Dele se espera algo promissor, embora esteja se iniciando, e ainda crê estar numa Galáxia, e ser isso ou aquilo... Ainda conta historinhas... Elas são fantásticas, acredite, sem historinhas seria difícil para a Con-Sciência re-lembrar no Campo de Léthes sua verdadeira A-LETHÉIA, mas ainda assim é uma estrutura dentro do possível, e o Uni-Verso é o campo do imenso (im)possível... Mas enquanto este Sol não nascer no Buscador, seu processo de aprendizado será fascinante, terá atenção aos detalhes mais sutis e incompreensíveis para os ansiosos e perdidos mentais, será uma Jornada, estará pronto para qualquer desafio, dará risada dos "fracassos" e chorará os "sucessos", porque sabe o valor imenso de um tropeço, e que as Pedras do Caminho é que dão a chance de fazer com elas o Castelo do Criador. Todo Sábio constrói onde parece impossível, pega as Pedras e faz uma Pirâmide, pega os Espinhos e faz uma fina Agulha, faz da Queda o Trampolim para o Chão, e ao se levantar faz o seu próprio Céu. Criador perfeito, Deus último e primeiro de Si mesmo... Não anseia, porque Tudo está Nele. *Pense, leitor atento, se Deus está em Você, se o Infinito está em Você e há verdadeira com-preensão e Con-Sciência, Você contendo Deus e o Infinito é Maior que Eles...* Este Sábio ao ver minhas perguntas daria uma risada tão gigante que ecoaria a Vertigem de todo Uni-Verso (e os Multi-versos sentiriam também...), porque sabe (não com a Mente, fique claro, mas com a Con-Sciência) que qualquer pergunta induz à historinha, à metáfora, à simplificação do Mistério, e que a melhor resposta para QUALQUER (leia bem, leitor) pergunta é o Silêncio (ou a Risada se não houver Ego no questionador...), mas que os pobres perdidos mentais vão induzir como "estupidez", ou "ele não sabe, por isso ri...". Buddha ria silenciosamente, com um sorriso tão enigmático quanto afável, porque não era "estupidez", nem "não saber", pelo contrário, como ele sabe e viu a Imensidão, o Abismo, a Amplidão, ele não tem como falar disso... Não é por incompetência, é por impossibilidade daquele que questiona, a Con-Sciência do que pergunta não tem como alcançar... Como se explica o Azul para o cego? Há um meio? Sim, mas certamente não é por uma metáfora grosseira de simplficação do Mistério, e o que os "ouvintes" e "espectadores" estão vendo como silêncio, incapacidade ou estupidez de Buddha, ele está transmitindo a verdadeira resposta daquela pergunta de uma forma muito sutil, e acredite leitor, com o tamanho da compaixão de um Buddha, ele não deixaria o questionador aflito e sem resposta, mas ele não tem ainda a sutileza para sentir a resposta, embora esteja sendo dada... Na Verdade, o questionador sente a resposta, porém não tem como a tornar naquele Instante em Con-Sciência, pois está inconsciente do Mundo Sutil, e sua mente reage com agressividade e este saí dolorido por dentro porque não viu Buddha da Verdade. Verdade é a qualidade de Ver. Ver não se atém a Olhos... Então, eis a chave-mestra para qualquer resposta que fizer a Si mesmo: Con-Sciência. E quando o Criador nascer, ela se tornará CIÊNCIA, e aí a verdadeira brincadeira começa... Mas isso, somente um grande Ouvido de Entendimento poderá alcançar... Analise qual foi sua verdadeira resposta às três perguntas acima... Se meditar sobre, o que parece um mero joguinho de linguagem, "Onde é o Onde do Onde?", se realmente meditar sobre essa muito aparente brincadeira, entenderá o que é verdadeiramente se orientar na Vida (e na Morte)... Boa viagem! OBS - Os termos aqui usados não são o que sua Mente imagina, vá além de conceitos e palavras, leitor... Epitáfio do Poeta do Horizonte - Não me importa se me amaram, ou odiaram, EU toquei seus Cor-Ações... Quem assimila a Magia do Instante? Quem quer vasculhar o tamanho sincero do Infinito? Quem quer Ver além da Visão? O Caminho do Deserto mais vertiginoso é mais perto e longe do que parece... Darei nos próximos vídeos vislumbres das Portas que podem ser abertas no Caminho da Magia de se existir com Con-Sciência, e a partir daí infinitas (sim, infinitas...) possibilidades de estar neste Mundo (e em outros). Para os aventureiros da Con-Sciência e da Existência, venham com Mãos de Eternidade... Mas antes um Poema dedicado à Quiquinha: Moro na palavra perdida entre algumas Eras e nascimentos Na mesma Vertigem de um canto insondável Descanso a Eternidade com o mesmo semblante da Paz Porque navega nisso Tudo um Amor substancial Primitivo da Mulher que sente e me morde Como a Fruta mais capital tecida de Horizonte Fruta e Mulher no mesmo gosto De quem flutua a própria Vida... Aos atentos de todo Instante a Magia em Meditação (obs: são 2 vídeos neste Início...): Quando a Noite fica menor que o Peito, e o Cor-Ação se expande ao Infinito, um desfile invisível se apresenta, como o início da Morte, eterno, que contempla todos os Jardins, que sequer chegam ao tamanho da Flor em sua magnânima vertigem de respeitar cada Instante até o seu mais profundo e belo enigma de dar imensamente aquilo que é, por uma temporada ou alguns dias, sem no Jamais se atrasar nos propósitos do Mestre Jardineiro que a Tudo rega e também em seu potencial sequer pergunta pela Existência, afinal, que pergunta estúpida, todos sabem sem palavra última o que deve ser respeitado... Alguns desatentos pisaram no Sagrado e quebraram a Flor, mas Tudo que permanece recompensa e cobra a dívida insensível do maior Mistério. Quem nasceria sem a Vergonha do Entendimento? Ou pisaria com a graça do outro nascimento? Quem carrega a Pedra derradeira? Quantos ainda falarão sem a Voz do Infinito? Tudo contempla o verdadeiro, até os perdidos entre roupas e espelhos, porque o Espelho Maior, que tem por Nome "Vida", ainda celebra o que os homens resmungam como "acaso", esquecendo do seu pedido por uma bruta Verdade, que irrompe e até interrompe o Dia... Há trabalho e fadiga ainda, muita loucura e incompreensão. Dois laços de Destino invertem os passos daqueles que ouvem o Chamado. Nada fica perdido. Ainda há Luz e dois quartos que esperam dormir antes da Última Morte. Nada disso seria capaz... Disseram, quase aos gritos, que era o Poema de um Horizonte investido de alguma alcunha que não decifraram, e sempre surge a pergunta: "Quem decifrou o Amor?". Vi o desfile inteiro de todos que me deram as Mãos, os que não deram, os que fingiram dar, os que fingiram não dar, e em nenhum consegui menos ou mais que a Máscara, apenas o seu Limite de dissolução, cada qual no grão que podiam remeter a Ele, apenas a Ele, no Jamais a grandeza de Sua Face, escondida sabiamente nos corpos alucinados e perdidos, como meu Oceano procurando a sua Gota, sua Única Gota que pudesse realmente dizer qual era o tamanho do Infinito, mas aí seria a maior blasfêmia do Tempo, a contemplar sua dissolução no grão de quem sorriu o Amor, perdendo Noites, Dias, Memórias, supostos amores, dedos entrelaçados, a Flor que cultivou o Homem... Porque no Fim é a Flor que cultiva o Homem, no Fim é a Luz que se acende de Homem para vestir o Mundo, e isso seria menos que a Areia de uma Praia ao fim da Tarde, nem Deus conceberia algo assim que despertasse sua mais profunda tristeza, afinal, a Flor ainda tem sua beleza, mas como suporta perder os Olhos e Ouvidos que ainda não descansaram? Quem, se isso é possível, realmente nasceu no Horizonte? O Poeta? Esse não é seu Caminho... Seu Destino é mais Andarilho que Ele. Até Deus se perde em seus passos, e por vezes nem tem Vergonha de esconder sua Vertigem e até se assusta: "Poeta, por que anda por aí? Ninguém o acompanha, vejo suas dores e me consterno... Alguns lhe dão as Mãos, mas não sabem Onde pisam, e mesmo assim continua, por quê? Eu mesmo estou intrigado, o que quer disso Tudo? O que quer de Mim? Pergunto já que nunca me perguntou o que Eu quero de você, e até sinto que não é arrogância... Pela primeira vez, estou perdido... Dê-me uma resposta! O que ganhou? Pela primeira vez vejo que não ganhou e sequer se importou... Até chegou a perder muito... O que direi de você quando algo tiver de ser dito?", e tive que responder: "Não diga Nada... e se mesmo assim for preciso dizer algo, diga que meus passos foram maiores que o Horizonte, e que resolvi caminhar por outro Onde, e que ali sequer os deuses resolveram seguir porque havia muita dúvida, que ali a Fruta do Desconhecido é que engolia os viajantes, que ali o Oceano é muito menor que minha Gota, diga também, se tiver palavras, que ali não frutificam palavras, mas muitos desentendimentos à procura do Amor, diga que ali a Treva que se acende no Jamais apaga uma Luz, diga que ali dois passos para o Leste são três parados, diga que ali ninguém pode pousar, só a Mão perfeita com a última Flor... Você que criou todas as leis não previu que alguém escaparia delas? E que os outros não tenham compreendido, isso causou dores que você viu e as sentiu, mas que agora o Reino que habito é todo invertido? Que me importou essa Coragem? Hoje devastei o Império da Vida com a mesma Força que o Império da Morte, e como deixarei alguém invadir a minha Gota? Mesmo que Você desse o Oceano inteiro, ainda haveria uma navegação perdida, enquanto em minha Gota se suporta Tudo que ousou existir, e nesta trilha nem o último Rosto quis entrar, e se O confundi, foi porque imaginou leis perfeitas, mas até para uma Flor há uma Lei muito maior... Nisso eu resolvi caminhar, até perder as pernas, aí ninguém quis verdadeiramente acompanhar, porque seria preciso uma Força maior que a Divina para sustentar o Infinito. Sempre é preciso criar o Infinito, no caso de Você ter esquecido... E quem tem essa Força?", "E por quê? Não lhe dei essa tarefa... Falei tanto sobre a Lei do Amor... O que foi Tudo isso? Sua oportunidade... Não compreendo...", "Bom, nenhum Homem verdadeiramente O compreende, então por que iria Você compreender a mim? Resolvi abraçar a Única Porta sem maçaneta... Por que estaria preocupado com oportunidade? Foi dada alguma depois do Seu Mistério? O Vento e a Maré desmancham a Praia, e até os riscos... Não nasci com uma breve História, mas com o Infinito para me perder, e isso O assusta, por isso esconde-se a cada passo, descobri-Lo é deixar o Infinito maior... Nasci com vários ontens para retroceder... Não diga que não compreende, mas se um Dia houver palavra, diga que admirou como seu mais imperfeito e vivo Espelho, que até vislumbrou outras Eras, alguns seres que sorriram e choraram, com e sem Virtude, para que me instalasse do lado perdido do Horizonte como o Poeta das Janelas impossíveis, e que ali não é possível ser habitante, apenas um desabitante exilado de um único limite, que é a margem onde nunca nasceu a Vida... Diga que no Nunca me viu! Diga que seu vislumbre ecoou para além do longe, e até para Além do Além, onde nenhum dicionário alcança. Se puder esconda minha Existência para além da estupidez de existir! Não diga Nada, porque mesmo Você jamais alcançará a mim... Um grande sufi disse que Deus é que queria o conhecer, mas no meu caso Você fugirá, porque o tamanho do Abismo o amedrontará, e aí será minha Salvação, quando Tudo for menos que Tudo e serei eu Sua última porta de entrada... Nesse Instante haverá menos que Nada, e todo Enigma será Sua confluência... Isso não O assusta?", "Você, Poeta do Horizonte, é meu maior susto... Ainda não sei o que é de ti...", "Não saiba, e aí saberá...". Deus se desconcerta com algumas conversas, mas nesta Ele se perdeu, e os poucos homens que O viram disseram que seu paradeiro é mais incerto que o meu... Talvez por isso o Tempo esteja tão descontente, como ele irá embalar àqueles que sofrem em seus ponteiros? Outro dia nasci sem Janelas, hoje acordei no Horizonte. Disseram que isso era o Império, mas como perdi o Imperador, acabei vagando como Olhos de uma Manhã sem Morada. Para morar é preciso caber, mas meu Peito é maior que a Amplidão e isso nublou Deus e seu Caminho, porque no fundo a sacralidade está em quem perdeu seu quem e caminha sem Vida ou Morte, Rosto maior do Espelho fingido, e só assim se cultiva jardins, sem flores... Um Peito como esse é uma Lei sem Limite, o esconderijo de tudo que some, uma Noite devagar, os amantes para além dos beijos, e até a Morte sem nascimento, bem antes de toda possibilidade... Disse com Força: "Empunha teu Destino como a última Flor de Deus...", mas quando despertei sem Caminho, a Flor estava sem Deus, e o Destino sem mim. Como faria disso a grafia vital da Vida? Se fosse possível uma Biografia, ao escrevê-la o Fogo da Vida apagaria cada letra e só sobraria o Deserto do Infinito para contemplar as cinzas do Impossível. Toda Vida é o Mistério do Impossível. E todos os olhos que me cruzaram, me perderam, porque olharam a fagulha, nunca a Origem. Vi olhos de namorada, vi olhos de amigo, vi olhos de colegas, vi olhos de inimigo, vi olhos de pais, vi olhos de irmão, e todos escorreram pelo canto errado, como se houvesse existido... Mas o que eu diria da minha Mão, como se fosse possível a Eternidade? E a sinceridade? Quantas guerras não travei com o próprio Amor, para que me deixasse dizer uma única verdadeira palavra? Tudo nublado... Mesmo assim tinham olhos participantes do Barco Vazio... Quem navegou não O sentiu, quem O sentiu não navegou... Ficaram entre dois eclipses. Ninguém nasce que não perca o brilho da Lembrança... São outros momentos. Investem como se acreditassem, mesmo não havendo nada para espalhar. É como se fosse firme. Escondem Deus como se fosse certo... Mas um Dia se atrapalham, e de assalto vem uma Força tão assustadora, que só de estar vivo cresce o espanto. Quem nasce do lado secreto da Vida? O despreparo é tão grande para o Olhar, que só a Floresta inventa outra viagem. Chamam as chamas de um relâmpago, mesmo assim não é o Peito. Chamam a Noite. Chamam o noivo, o pai, o amante... E nada ainda chega que seja o resquício do que também chamam "Verdade". Nada tem Seu semblante. Qualquer ritual clama, qualquer voz evoca, qualquer som se perde, e ainda sobram vertigens e moradas... Há morada? Uma ou duas, talvez... Mas onde socorre a fragilidade da Força mais bruta do Infinito? Qual será o eco mais distante que não cabe em um Poema? Um Dia, quando tiver nevado longe do meu Caminho, e nada mais for Poesia, ali haverá minha Verdade... Sem palavra, sem dono, sem...
Como a Ideia do Horizonte, para aqueles que não podem voar, é se manter no Sempre Horizonte, porque sua Vertigem é estar ao alcance da Visão (mesmo uma Visão estreita) e no Jamais se retirar dali, porque qualquer Passo no Caminho do Horizonte é fazer o Horizonte dar um Passo... Para trans-cender o Horizonte só voando mesmo, mas isso é para poucos (e acredite Leitor, não se voa em Aviões ou Drogas...), por isso os poucos iniciados que entendam os Mistérios dos Aforismas e Poemas do Horizonte abaixo: - Não im-porta o Livro, importa no Quem se lê - Quem adentra a Porta do Mistério no Jamais retorna (e perde seu Quem) - Dois Cor-Ações e UM Sangue - Um Abraço dedilhado no Uni-Verso - Todos os Olhos de Deus se apoiam no Infinito - A maior parte das pessoas prefere um Inferno conhecido, a um Céu desconhecido - O Oceano achou a sua Gota... ("What you seek is seeking you") Sem Dia Vejam a Grande Verdade! Deus desperdiçando sua Gota de Silêncio Vertigem dos Últimos Olhos Impressionam o Deserto Quem responderia a Voz mais noturna no Além da Noite? Ou a Vergonha de Tudo que sente? Ainda haverá Passos sem Caminho Quando Deus crescer sem Dia... Deserto de Lágrima A Lágrima que seca é mais que o Rosto Como o Som É mais que Deus A Voz faz imponência num Deserto estremecido Outro Destino acolhe Outro Herói Porque vencedor de Batalha nenhuma Ouvinte maior do Impossível Conduzindo mastros e Oceanos Em UM Dedo Respira o Infinito sem sequer ofegar Ofertando a Eternidade como migalhas do Instante O Oceano se torna uma Única Gota Que secou bem depois do Rosto... Pergunta malevolamente Divina Deus perguntou em Sussuro: "Cadê seu Ninguém?" Tive de sorrir de lado: "Como responder se seu sumiço é Maior que qualquer Destino? Que Voz diria a Festa invisível do Eterno? Não há Quem para esse Último Canto que ficou também sem um Canto pra se esconder... Mas como Você ouviria esse Silêncio Perfeito? Onde? Não tem Onde... Por isso esse "Cadê?" É mais insidioso que seu Ninguém Nele alguns caminham mas fora do Onde ainda não achei Ninguém..." Do Caibalion (Kabbalah) que Cai Cai diariamente frente aos nada sutis Humanos como Balão sem Santo, retiro esta bela máxima que ressoará em algum Entendimento: "Os lábios da Sabedoria estão fechados, exceto aos ouvidos do Entendimento" Se estes Lábios escritos ressoam no seu Entendimento, enfrente o Chamado... Como percebi estes dias, as pessoas se ligam a Assassinos, Corruptos, Bandidos, Poderosos, porque dele podem extrair alguma Migalha que por ventura cair das suas nababescas opulências materiais, a MIM só aqueles dispostos a perder Tudo e ganhar o Eterno NADA de Deus... PS - Se algum Leitor achar meu Oceano, por gentileza navegue até eu voltar a Ser Gota, porque de tanto me perder, naufraguei em mim mesmo, e Agora só chovendo depois de mim pra tornar a Gota maior que o Oceano... PS2 - O Vídeo abaixo suscitou esta postagem: Todos perdem o Caminho um dia. Como não perderiam sendo Viajantes? Não é no Sempre que a Viagem é perfeita... "What you seek, is seeking you...", eu ouvi certa vez de um Grande Poeta. E o que Você está buscando que Hoje acende e explode seus Olhos? Onde Você aceita o Infinito? E se para isso relacionamentos se quebrarem? Rostos se tornarem amargos? Humilhação? Até onde seu brilho vai seguir a sua Luz? Todos perdem o Caminho um dia... Se não perdessem, como saberiam Dele? Dizem que o peixe não sabe que está na Água, como o Homem não vê o Caminho. Mas retire o peixe da Água, e seu instinto mais lúcido e primitivo o fará se debater até que a Água seja conquistada novamente, e aí ela terá um novo sabor, e uma nova compreensão, a Água será totalmente diversa do que no Sempre tinha sido. Algo mudou. Diz-se que um Buscador foi até um Sábio e perguntou: "Como conquisto Sabedoria?", e o Sábio perguntou: "Quanto Você A quer?", e o Buscador não hesitou: "Mais que Tudo!", e o Sábio que estava perto de um Lago, chamou o Buscador com um gesto, e este ao chegar perto teve a cabeça imersa no Lago, começou a se debater para voltar a respirar, porém o Sábio era forte e o segurou por mais um tempo. Quando soltou a cabeça e o Buscador estava esbaforido retomando o fôlego, disse: "Você quer a Sabedoria como quis Ar embaixo da Água? No dia que quiser tanto a Sabedoria quanto quis Ar, não precisará de ninguém, nem de mim. E será que está disposto a enfrentar o Inferno por isso? Você perderia relacionamentos nesta Busca? Quanto de dor e sofrimento está disposto a suportar até a sua Libertação Final? E a Família? Você tem Família? E se for preciso perder Tudo que julga Hoje valorizar para ganhar algo que apenas poucos Homens alcançaram? E os sonhos de casa, conforto, estabilidade? E até o Sonho de conquistar Sabedoria? E se for necessário perder TUDO? E se até o Ar que buscou agora pouco em sua agonia for pouco diante de Tudo que quer abraçar? Você sabe o preço do Desconhecido? E do Infinito? Quando souber entenderá porque poucos na Humanidade chegaram até o Fim e Libertação Completa... Estará disposto a enfrentar a Morte frente à frente e sorrir para ela? E o que os Homens julgam Amor? A dor de perder um Amor maternal, por exemplo? Ou ver toda a Compaixão expressa no olhar de um cachorro perdido? E a Morte de um filho? Quanto de tudo isso suportaria pela sua Busca? Ou ser considerado louco e ser preso por isso? Ou ser ridicularizado frente ao Mundo, ser considerado Pária, achar que não merece Amor, descobrir com mais dor ainda que todos os relacionamentos que teve até hoje foram apenas algo para o seu desentendimento e confusão, e quase perda e fuga da Verdadeira Busca? Mesmo aqueles rostos lindos foram na Verdade "demônios" para o extraviar do Caminho? Isso dói amargamente... Está disposto? Será que está realmente disposto? Se não estiver, nada posso fazer por você, saiba disso..."
Depois de todas as perdas, algo essencial muda. Há um adágio Zen que assim diz: "Antes da Iluminação eu pegava Água no poço e cortava lenha, depois Dela eu pego Água no poço e corto lenha...". Quase todos buscam nos relacionamentos, casas maiores, novos status sociais, sem perceberem a grandiosidade da Jóia Invisível, e quando se aproximam de um Cristo, de um Buda, correm o mais rápido possível, porque toda a estrutura mental criada tende a colapsar, Tudo perde sentido, e é assustador perceber que um carro novo, um novo namorado, um apartamento mobiliado não significa nada para esse Sábio... Como pode Ser assim? Cristo assusta, mesmo assim, porque tendo visto um Cristo, um Buda, um Mahavira, um Rumi, e sabendo que eles existem, mesmo que fujam, só a constatação de que existem, isso perturba, e a Vida jamais é a mesma. Eles retiram todos ao seu redor da sua "Água", como peixinhos sem saber o que está acontecendo, e agora, conviver com isso será perturbador. Mas sempre há Outra Vida (várias encarnações podem ser necessárias) para os preguiçosos espirituais, e Deus não está com pressa (até porque, não existe Tempo...). Aos Buscadores dou um Poema do Horizonte, lembrando que este Sábado "Shakyonte" será recebido em um Portal de Luz (LINK), dando as Portas para o Infinito. Fica o Poema por um Novo Horizonte: No Comércio dos Mendigos da Emoção Ser Imperador é triste por vezes Pela solitária atração que se torna Compaixão... |
Poeta do HorizonteAlguém que dos retalhos da Vida, retira olhares e sinceridades inauditas... Histórico
May 2023
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