No Nunca dizemos a alguém "se ocidente na Vida!", mesmo um pobre ocidental diz: "se oriente na Vida!", ou seja, volte-se ao Oriente. Como diz Gilberto Gil: "Se oriente rapaz, pela constelação do Cruzeiro do Sul...". E há uma razão tão fundamental a isso, que somente aquele que compreender essa razão (em boa Verdade, essa desrazão...), irá desvendar todo o Enigma e passará a viver o Mistério... Algo que a mente ocidental não consegue compreender (porque é o problema da mente) é que qualquer história a apazígua, mas não é a Verdade... Como assim? Toda história, é apenas isto, uma história. E uma história é uma história possível dentro de um Uni-Verso irrestrito de possibilidades. Nem tudo que faz sentido e apazígua a mente é Verdade (aliás nada que seja sentido pela mente É Verdade, toda estruturação que a mente faz é uma metáfora, uma aproximação grosseira para apaziguar o gigantesco véu de Mistério que recobre o Todo, e o Nada, e Heráclito sabia disso: "A Natureza (physis) ama se esconder..."). Vejamos um exemplo tosco. Seu amado (ou amada) vai encontrar uma outra amada (ou amado) dele (ou dela), e quando lhe encontra diz que foi ao mercado comprar frutas (ou qualquer outra história). Isso acalma e apazígua a mente do pobre enganado (que pediu para ser enganado, mas aceitar isso é aceitar o Mistério, o que à maioria dos pobres humanos é inaceitável, dizer que buscamos as experiências que nos ocorrem é inconcebível para alguém sem auto-conhecimento, mas lembrai: "Conhece-te a ti mesmo"), e como ele sequer despertou sua sensibilidade e o Cor-Ação, e está tão imbuído e perdido na própria mente que sequer sentirá o que o Cor-Ação sabe, mas sua mente não quer enfrentar conscientemente, porque terá de enfrentar demônios maiores em suas trevas internas. Uma história é apenas isso, uma história. Nem mesmo a história de que você é filho do seu pai e mãe, de que você tem um corpo, ou a história de que você tem um trabalho, nada de nenhuma história pode passar de uma história possível, dentro (novamente) de um Uni-Verso irrestrito de possibilidades. Como assim? Há a história de que você é a reencarnação de um espírito, e que seu atual "eu" é apenas a carcaça para expressar esse arquétipo que viveu em outro momento nesta Terra (ou fora dela). E é uma história sedutora, mas também, é uma história possível, não a Verdade inteira... Pelo menos ela já inicia a quebra de um "eu" sólido identificado com este corpo que nasceu de um pai e uma mãe, que tem suas "individualidades". É um início, mas no Nunca uma Verdade completa, novamente. Uma história, como algo para apaziguar o Mistério é uma metáfora grosseira, e sem Con-Sciência irá trazer mais perturbação que apaziguamento, porque a mente se perderá: "Como sou um espírito de outra era? Mas nasci aqui? Como assim?" e entrará numa espiral que pode desintegrar inclusive a sanidade do pobre coitado. Sem verdadeira Con-Sciência nada se atinge, e em Verdade, com Ela o NADA se atinge... Olhe neste exato momento que lê estas palavras. Onde está? Que história está contando a si mesmo? Quem acha que é? Pare a leitura deste texto, realmente investigue no seu mais íntimo essas perguntas, volte se e quando tiver uma resposta. Quando voltar, se a resposta for: "Estou no meu quarto. Sou empregado de tal empresa...", pare, você está travado no Uni-Verso acreditando e dando alimento para sua história e isso fecha outras possibilidades... "Estou na Terra. Sou um ser Humano...", pare! Um pouco melhor, mas está travado em outra história, um pouco mais elaborada que a primeira, mas historinha de alguém muito longe da Verdade, o que é um "Ser Humano"? Enfim... "Estou no Sistema Solar. Sou uma reencarnação de um grande Faraó...", pare, pare! Outra historinha, e os que estão buscando pela espiritualidade e se iniciam por essas "Vidas passadas", se não buscar realmente a Verdade, sempre será um Faraó, Napoleão, Alexandre o Grande, nunca, para esses que não investigam realmente, foram apenas um serviçal da aristocracia francesa, e nisso já se percebe que esta encarnação ainda está presa num padrão de Ego, porque como ela seria no passado "um simples" serviçal? Não se renasce sendo algo diverso do que se era, ou seja o atual padrão não foge do que se foi... O padrão da Con-Sciência não se perde dentro do Campo Morfogenético, apenas a historinha da mente, para tentar contar OUTRA historinha para entreter essa nova mente. Em termos computacionais, é um reboot (ou reset) no sistema, vamos ver se agora o sistema "não trava". "Estou na Galáxia. Sou um processo de aprendizado do ambiente que reuniu os elementos que tem para dar uma Con-Sciência e aprender o máximo possível do ambiente para criar algo novo, para criar e compreender. Sou isso.", deixei este arquétipo falar porque nele se encontra a semente da liberação final, os outros nem vale ouvir muito das historinhas (embora o Mestre por compaixão escute a litania, e de Cor-Ação... acredite, para uma Con-Sciência verdadeira, há muita compaixão em ouvir historinhas, ainda mais as que ressoam o chacra base...), porque se o intuito do leitor é aprofundar a Con-Sciência, as outras não ressoam um padrão (arquétipo) muito promissor para Ela... Mas esta última historinha tem a semente, ela está engatinhando em algo muito maior, está dando os primeiros passos, aprendendo o "be-a-bá" de um grande Criador. Esse irá buscar o Espelho Maior... Dele se espera algo promissor, embora esteja se iniciando, e ainda crê estar numa Galáxia, e ser isso ou aquilo... Ainda conta historinhas... Elas são fantásticas, acredite, sem historinhas seria difícil para a Con-Sciência re-lembrar no Campo de Léthes sua verdadeira A-LETHÉIA, mas ainda assim é uma estrutura dentro do possível, e o Uni-Verso é o campo do imenso (im)possível... Mas enquanto este Sol não nascer no Buscador, seu processo de aprendizado será fascinante, terá atenção aos detalhes mais sutis e incompreensíveis para os ansiosos e perdidos mentais, será uma Jornada, estará pronto para qualquer desafio, dará risada dos "fracassos" e chorará os "sucessos", porque sabe o valor imenso de um tropeço, e que as Pedras do Caminho é que dão a chance de fazer com elas o Castelo do Criador. Todo Sábio constrói onde parece impossível, pega as Pedras e faz uma Pirâmide, pega os Espinhos e faz uma fina Agulha, faz da Queda o Trampolim para o Chão, e ao se levantar faz o seu próprio Céu. Criador perfeito, Deus último e primeiro de Si mesmo... Não anseia, porque Tudo está Nele. *Pense, leitor atento, se Deus está em Você, se o Infinito está em Você e há verdadeira com-preensão e Con-Sciência, Você contendo Deus e o Infinito é Maior que Eles...* Este Sábio ao ver minhas perguntas daria uma risada tão gigante que ecoaria a Vertigem de todo Uni-Verso (e os Multi-versos sentiriam também...), porque sabe (não com a Mente, fique claro, mas com a Con-Sciência) que qualquer pergunta induz à historinha, à metáfora, à simplificação do Mistério, e que a melhor resposta para QUALQUER (leia bem, leitor) pergunta é o Silêncio (ou a Risada se não houver Ego no questionador...), mas que os pobres perdidos mentais vão induzir como "estupidez", ou "ele não sabe, por isso ri...". Buddha ria silenciosamente, com um sorriso tão enigmático quanto afável, porque não era "estupidez", nem "não saber", pelo contrário, como ele sabe e viu a Imensidão, o Abismo, a Amplidão, ele não tem como falar disso... Não é por incompetência, é por impossibilidade daquele que questiona, a Con-Sciência do que pergunta não tem como alcançar... Como se explica o Azul para o cego? Há um meio? Sim, mas certamente não é por uma metáfora grosseira de simplficação do Mistério, e o que os "ouvintes" e "espectadores" estão vendo como silêncio, incapacidade ou estupidez de Buddha, ele está transmitindo a verdadeira resposta daquela pergunta de uma forma muito sutil, e acredite leitor, com o tamanho da compaixão de um Buddha, ele não deixaria o questionador aflito e sem resposta, mas ele não tem ainda a sutileza para sentir a resposta, embora esteja sendo dada... Na Verdade, o questionador sente a resposta, porém não tem como a tornar naquele Instante em Con-Sciência, pois está inconsciente do Mundo Sutil, e sua mente reage com agressividade e este saí dolorido por dentro porque não viu Buddha da Verdade. Verdade é a qualidade de Ver. Ver não se atém a Olhos... Então, eis a chave-mestra para qualquer resposta que fizer a Si mesmo: Con-Sciência. E quando o Criador nascer, ela se tornará CIÊNCIA, e aí a verdadeira brincadeira começa... Mas isso, somente um grande Ouvido de Entendimento poderá alcançar... Analise qual foi sua verdadeira resposta às três perguntas acima... Se meditar sobre, o que parece um mero joguinho de linguagem, "Onde é o Onde do Onde?", se realmente meditar sobre essa muito aparente brincadeira, entenderá o que é verdadeiramente se orientar na Vida (e na Morte)... Boa viagem! OBS - Os termos aqui usados não são o que sua Mente imagina, vá além de conceitos e palavras, leitor... Epitáfio do Poeta do Horizonte - Não me importa se me amaram, ou odiaram, EU toquei seus Cor-Ações...
0 Comments
Quem assimila a Magia do Instante? Quem quer vasculhar o tamanho sincero do Infinito? Quem quer Ver além da Visão? O Caminho do Deserto mais vertiginoso é mais perto e longe do que parece... Darei nos próximos vídeos vislumbres das Portas que podem ser abertas no Caminho da Magia de se existir com Con-Sciência, e a partir daí infinitas (sim, infinitas...) possibilidades de estar neste Mundo (e em outros). Para os aventureiros da Con-Sciência e da Existência, venham com Mãos de Eternidade... Mas antes um Poema dedicado à Quiquinha: Moro na palavra perdida entre algumas Eras e nascimentos Na mesma Vertigem de um canto insondável Descanso a Eternidade com o mesmo semblante da Paz Porque navega nisso Tudo um Amor substancial Primitivo da Mulher que sente e me morde Como a Fruta mais capital tecida de Horizonte Fruta e Mulher no mesmo gosto De quem flutua a própria Vida... Aos atentos de todo Instante a Magia em Meditação (obs: são 2 vídeos neste Início...): |
Poeta do HorizonteAlguém que dos retalhos da Vida, retira olhares e sinceridades inauditas... Histórico
May 2023
Categorias
All
|