Hoje sei porque é o Caminho (Tao), e não o "Caminhante" por exemplo. Só existe o Caminho, a Estrada, não tem sequer o "Caminhante", ele é uma peça do próprio Caminho de volta à reintegração. Só há um meio de se reintegrar ao Caminho (Tao - Deus - Todo - Unidade), e é Sendo o próprio Caminho. Mas como se faz para Ser alguma coisa? Qual o esforço de uma árvore em Ser árvore? Ela simplesmente É. Não há perguntas, dúvidas, dilemas... O Ser é o próprio Caminho, quando a Visão está clara e livre. E como se chega ao Caminho? Como se chega à Visão clara e livre? Percebendo quem verdadeiramente se É. E disse percebendo, porque realmente é um ato de percepção, embora não dos sentidos convencionais, e não um ato . Essa liberação completa e reintegração em Deus, o Nirvana, é feito quando da percepção avassaladora do Nada. Sumir enquanto pessoa e deixar que apenas o Todo, o Ser atuem, e aí surge a ideia de "não-ação", pois como o Ser simplesmente É, não age, apenas Sendo da forma que tem de Ser com o mínimo esforço, porque afinal, qual o esforço de Ser? Não há... E para adentrar esse imenso Nada libertador, que se medite sobre o grande Observador que somos nós (porque não é Deus que habita em nós, mas o Deus que nós Somos), quando sobrevierem pensamentos, perceba-se que há algo que observa esses pensamentos, não somos os pensamentos, mas o observador deles, e se manter nessa distância para criar um Silêncio (que é a Voz de Deus), fazendo sumir a pessoa e seus desejos, não se quer nada além do que está sendo entregue pela Vida, resta o Instante e que nada falta ou excede o Instante, e tudo é perfeito do modo como está... Que esses passos de Silêncio possam aprofundar o Nada que somos, e ao nos tornarmos vazios abrirmos a porta da Felicidade Eterna. Quem quiser se reintegrar ao Eterno, a Porta está aberta...
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No Nunca dizemos a alguém "se ocidente na Vida!", mesmo um pobre ocidental diz: "se oriente na Vida!", ou seja, volte-se ao Oriente. Como diz Gilberto Gil: "Se oriente rapaz, pela constelação do Cruzeiro do Sul...". E há uma razão tão fundamental a isso, que somente aquele que compreender essa razão (em boa Verdade, essa desrazão...), irá desvendar todo o Enigma e passará a viver o Mistério... Algo que a mente ocidental não consegue compreender (porque é o problema da mente) é que qualquer história a apazígua, mas não é a Verdade... Como assim? Toda história, é apenas isto, uma história. E uma história é uma história possível dentro de um Uni-Verso irrestrito de possibilidades. Nem tudo que faz sentido e apazígua a mente é Verdade (aliás nada que seja sentido pela mente É Verdade, toda estruturação que a mente faz é uma metáfora, uma aproximação grosseira para apaziguar o gigantesco véu de Mistério que recobre o Todo, e o Nada, e Heráclito sabia disso: "A Natureza (physis) ama se esconder..."). Vejamos um exemplo tosco. Seu amado (ou amada) vai encontrar uma outra amada (ou amado) dele (ou dela), e quando lhe encontra diz que foi ao mercado comprar frutas (ou qualquer outra história). Isso acalma e apazígua a mente do pobre enganado (que pediu para ser enganado, mas aceitar isso é aceitar o Mistério, o que à maioria dos pobres humanos é inaceitável, dizer que buscamos as experiências que nos ocorrem é inconcebível para alguém sem auto-conhecimento, mas lembrai: "Conhece-te a ti mesmo"), e como ele sequer despertou sua sensibilidade e o Cor-Ação, e está tão imbuído e perdido na própria mente que sequer sentirá o que o Cor-Ação sabe, mas sua mente não quer enfrentar conscientemente, porque terá de enfrentar demônios maiores em suas trevas internas. Uma história é apenas isso, uma história. Nem mesmo a história de que você é filho do seu pai e mãe, de que você tem um corpo, ou a história de que você tem um trabalho, nada de nenhuma história pode passar de uma história possível, dentro (novamente) de um Uni-Verso irrestrito de possibilidades. Como assim? Há a história de que você é a reencarnação de um espírito, e que seu atual "eu" é apenas a carcaça para expressar esse arquétipo que viveu em outro momento nesta Terra (ou fora dela). E é uma história sedutora, mas também, é uma história possível, não a Verdade inteira... Pelo menos ela já inicia a quebra de um "eu" sólido identificado com este corpo que nasceu de um pai e uma mãe, que tem suas "individualidades". É um início, mas no Nunca uma Verdade completa, novamente. Uma história, como algo para apaziguar o Mistério é uma metáfora grosseira, e sem Con-Sciência irá trazer mais perturbação que apaziguamento, porque a mente se perderá: "Como sou um espírito de outra era? Mas nasci aqui? Como assim?" e entrará numa espiral que pode desintegrar inclusive a sanidade do pobre coitado. Sem verdadeira Con-Sciência nada se atinge, e em Verdade, com Ela o NADA se atinge... Olhe neste exato momento que lê estas palavras. Onde está? Que história está contando a si mesmo? Quem acha que é? Pare a leitura deste texto, realmente investigue no seu mais íntimo essas perguntas, volte se e quando tiver uma resposta. Quando voltar, se a resposta for: "Estou no meu quarto. Sou empregado de tal empresa...", pare, você está travado no Uni-Verso acreditando e dando alimento para sua história e isso fecha outras possibilidades... "Estou na Terra. Sou um ser Humano...", pare! Um pouco melhor, mas está travado em outra história, um pouco mais elaborada que a primeira, mas historinha de alguém muito longe da Verdade, o que é um "Ser Humano"? Enfim... "Estou no Sistema Solar. Sou uma reencarnação de um grande Faraó...", pare, pare! Outra historinha, e os que estão buscando pela espiritualidade e se iniciam por essas "Vidas passadas", se não buscar realmente a Verdade, sempre será um Faraó, Napoleão, Alexandre o Grande, nunca, para esses que não investigam realmente, foram apenas um serviçal da aristocracia francesa, e nisso já se percebe que esta encarnação ainda está presa num padrão de Ego, porque como ela seria no passado "um simples" serviçal? Não se renasce sendo algo diverso do que se era, ou seja o atual padrão não foge do que se foi... O padrão da Con-Sciência não se perde dentro do Campo Morfogenético, apenas a historinha da mente, para tentar contar OUTRA historinha para entreter essa nova mente. Em termos computacionais, é um reboot (ou reset) no sistema, vamos ver se agora o sistema "não trava". "Estou na Galáxia. Sou um processo de aprendizado do ambiente que reuniu os elementos que tem para dar uma Con-Sciência e aprender o máximo possível do ambiente para criar algo novo, para criar e compreender. Sou isso.", deixei este arquétipo falar porque nele se encontra a semente da liberação final, os outros nem vale ouvir muito das historinhas (embora o Mestre por compaixão escute a litania, e de Cor-Ação... acredite, para uma Con-Sciência verdadeira, há muita compaixão em ouvir historinhas, ainda mais as que ressoam o chacra base...), porque se o intuito do leitor é aprofundar a Con-Sciência, as outras não ressoam um padrão (arquétipo) muito promissor para Ela... Mas esta última historinha tem a semente, ela está engatinhando em algo muito maior, está dando os primeiros passos, aprendendo o "be-a-bá" de um grande Criador. Esse irá buscar o Espelho Maior... Dele se espera algo promissor, embora esteja se iniciando, e ainda crê estar numa Galáxia, e ser isso ou aquilo... Ainda conta historinhas... Elas são fantásticas, acredite, sem historinhas seria difícil para a Con-Sciência re-lembrar no Campo de Léthes sua verdadeira A-LETHÉIA, mas ainda assim é uma estrutura dentro do possível, e o Uni-Verso é o campo do imenso (im)possível... Mas enquanto este Sol não nascer no Buscador, seu processo de aprendizado será fascinante, terá atenção aos detalhes mais sutis e incompreensíveis para os ansiosos e perdidos mentais, será uma Jornada, estará pronto para qualquer desafio, dará risada dos "fracassos" e chorará os "sucessos", porque sabe o valor imenso de um tropeço, e que as Pedras do Caminho é que dão a chance de fazer com elas o Castelo do Criador. Todo Sábio constrói onde parece impossível, pega as Pedras e faz uma Pirâmide, pega os Espinhos e faz uma fina Agulha, faz da Queda o Trampolim para o Chão, e ao se levantar faz o seu próprio Céu. Criador perfeito, Deus último e primeiro de Si mesmo... Não anseia, porque Tudo está Nele. *Pense, leitor atento, se Deus está em Você, se o Infinito está em Você e há verdadeira com-preensão e Con-Sciência, Você contendo Deus e o Infinito é Maior que Eles...* Este Sábio ao ver minhas perguntas daria uma risada tão gigante que ecoaria a Vertigem de todo Uni-Verso (e os Multi-versos sentiriam também...), porque sabe (não com a Mente, fique claro, mas com a Con-Sciência) que qualquer pergunta induz à historinha, à metáfora, à simplificação do Mistério, e que a melhor resposta para QUALQUER (leia bem, leitor) pergunta é o Silêncio (ou a Risada se não houver Ego no questionador...), mas que os pobres perdidos mentais vão induzir como "estupidez", ou "ele não sabe, por isso ri...". Buddha ria silenciosamente, com um sorriso tão enigmático quanto afável, porque não era "estupidez", nem "não saber", pelo contrário, como ele sabe e viu a Imensidão, o Abismo, a Amplidão, ele não tem como falar disso... Não é por incompetência, é por impossibilidade daquele que questiona, a Con-Sciência do que pergunta não tem como alcançar... Como se explica o Azul para o cego? Há um meio? Sim, mas certamente não é por uma metáfora grosseira de simplficação do Mistério, e o que os "ouvintes" e "espectadores" estão vendo como silêncio, incapacidade ou estupidez de Buddha, ele está transmitindo a verdadeira resposta daquela pergunta de uma forma muito sutil, e acredite leitor, com o tamanho da compaixão de um Buddha, ele não deixaria o questionador aflito e sem resposta, mas ele não tem ainda a sutileza para sentir a resposta, embora esteja sendo dada... Na Verdade, o questionador sente a resposta, porém não tem como a tornar naquele Instante em Con-Sciência, pois está inconsciente do Mundo Sutil, e sua mente reage com agressividade e este saí dolorido por dentro porque não viu Buddha da Verdade. Verdade é a qualidade de Ver. Ver não se atém a Olhos... Então, eis a chave-mestra para qualquer resposta que fizer a Si mesmo: Con-Sciência. E quando o Criador nascer, ela se tornará CIÊNCIA, e aí a verdadeira brincadeira começa... Mas isso, somente um grande Ouvido de Entendimento poderá alcançar... Analise qual foi sua verdadeira resposta às três perguntas acima... Se meditar sobre, o que parece um mero joguinho de linguagem, "Onde é o Onde do Onde?", se realmente meditar sobre essa muito aparente brincadeira, entenderá o que é verdadeiramente se orientar na Vida (e na Morte)... Boa viagem! OBS - Os termos aqui usados não são o que sua Mente imagina, vá além de conceitos e palavras, leitor... Epitáfio do Poeta do Horizonte - Não me importa se me amaram, ou odiaram, EU toquei seus Cor-Ações... Quem assimila a Magia do Instante? Quem quer vasculhar o tamanho sincero do Infinito? Quem quer Ver além da Visão? O Caminho do Deserto mais vertiginoso é mais perto e longe do que parece... Darei nos próximos vídeos vislumbres das Portas que podem ser abertas no Caminho da Magia de se existir com Con-Sciência, e a partir daí infinitas (sim, infinitas...) possibilidades de estar neste Mundo (e em outros). Para os aventureiros da Con-Sciência e da Existência, venham com Mãos de Eternidade... Mas antes um Poema dedicado à Quiquinha: Moro na palavra perdida entre algumas Eras e nascimentos Na mesma Vertigem de um canto insondável Descanso a Eternidade com o mesmo semblante da Paz Porque navega nisso Tudo um Amor substancial Primitivo da Mulher que sente e me morde Como a Fruta mais capital tecida de Horizonte Fruta e Mulher no mesmo gosto De quem flutua a própria Vida... Aos atentos de todo Instante a Magia em Meditação (obs: são 2 vídeos neste Início...): Quando a Noite fica menor que o Peito, e o Cor-Ação se expande ao Infinito, um desfile invisível se apresenta, como o início da Morte, eterno, que contempla todos os Jardins, que sequer chegam ao tamanho da Flor em sua magnânima vertigem de respeitar cada Instante até o seu mais profundo e belo enigma de dar imensamente aquilo que é, por uma temporada ou alguns dias, sem no Jamais se atrasar nos propósitos do Mestre Jardineiro que a Tudo rega e também em seu potencial sequer pergunta pela Existência, afinal, que pergunta estúpida, todos sabem sem palavra última o que deve ser respeitado... Alguns desatentos pisaram no Sagrado e quebraram a Flor, mas Tudo que permanece recompensa e cobra a dívida insensível do maior Mistério. Quem nasceria sem a Vergonha do Entendimento? Ou pisaria com a graça do outro nascimento? Quem carrega a Pedra derradeira? Quantos ainda falarão sem a Voz do Infinito? Tudo contempla o verdadeiro, até os perdidos entre roupas e espelhos, porque o Espelho Maior, que tem por Nome "Vida", ainda celebra o que os homens resmungam como "acaso", esquecendo do seu pedido por uma bruta Verdade, que irrompe e até interrompe o Dia... Há trabalho e fadiga ainda, muita loucura e incompreensão. Dois laços de Destino invertem os passos daqueles que ouvem o Chamado. Nada fica perdido. Ainda há Luz e dois quartos que esperam dormir antes da Última Morte. Nada disso seria capaz... Disseram, quase aos gritos, que era o Poema de um Horizonte investido de alguma alcunha que não decifraram, e sempre surge a pergunta: "Quem decifrou o Amor?". Vi o desfile inteiro de todos que me deram as Mãos, os que não deram, os que fingiram dar, os que fingiram não dar, e em nenhum consegui menos ou mais que a Máscara, apenas o seu Limite de dissolução, cada qual no grão que podiam remeter a Ele, apenas a Ele, no Jamais a grandeza de Sua Face, escondida sabiamente nos corpos alucinados e perdidos, como meu Oceano procurando a sua Gota, sua Única Gota que pudesse realmente dizer qual era o tamanho do Infinito, mas aí seria a maior blasfêmia do Tempo, a contemplar sua dissolução no grão de quem sorriu o Amor, perdendo Noites, Dias, Memórias, supostos amores, dedos entrelaçados, a Flor que cultivou o Homem... Porque no Fim é a Flor que cultiva o Homem, no Fim é a Luz que se acende de Homem para vestir o Mundo, e isso seria menos que a Areia de uma Praia ao fim da Tarde, nem Deus conceberia algo assim que despertasse sua mais profunda tristeza, afinal, a Flor ainda tem sua beleza, mas como suporta perder os Olhos e Ouvidos que ainda não descansaram? Quem, se isso é possível, realmente nasceu no Horizonte? O Poeta? Esse não é seu Caminho... Seu Destino é mais Andarilho que Ele. Até Deus se perde em seus passos, e por vezes nem tem Vergonha de esconder sua Vertigem e até se assusta: "Poeta, por que anda por aí? Ninguém o acompanha, vejo suas dores e me consterno... Alguns lhe dão as Mãos, mas não sabem Onde pisam, e mesmo assim continua, por quê? Eu mesmo estou intrigado, o que quer disso Tudo? O que quer de Mim? Pergunto já que nunca me perguntou o que Eu quero de você, e até sinto que não é arrogância... Pela primeira vez, estou perdido... Dê-me uma resposta! O que ganhou? Pela primeira vez vejo que não ganhou e sequer se importou... Até chegou a perder muito... O que direi de você quando algo tiver de ser dito?", e tive que responder: "Não diga Nada... e se mesmo assim for preciso dizer algo, diga que meus passos foram maiores que o Horizonte, e que resolvi caminhar por outro Onde, e que ali sequer os deuses resolveram seguir porque havia muita dúvida, que ali a Fruta do Desconhecido é que engolia os viajantes, que ali o Oceano é muito menor que minha Gota, diga também, se tiver palavras, que ali não frutificam palavras, mas muitos desentendimentos à procura do Amor, diga que ali a Treva que se acende no Jamais apaga uma Luz, diga que ali dois passos para o Leste são três parados, diga que ali ninguém pode pousar, só a Mão perfeita com a última Flor... Você que criou todas as leis não previu que alguém escaparia delas? E que os outros não tenham compreendido, isso causou dores que você viu e as sentiu, mas que agora o Reino que habito é todo invertido? Que me importou essa Coragem? Hoje devastei o Império da Vida com a mesma Força que o Império da Morte, e como deixarei alguém invadir a minha Gota? Mesmo que Você desse o Oceano inteiro, ainda haveria uma navegação perdida, enquanto em minha Gota se suporta Tudo que ousou existir, e nesta trilha nem o último Rosto quis entrar, e se O confundi, foi porque imaginou leis perfeitas, mas até para uma Flor há uma Lei muito maior... Nisso eu resolvi caminhar, até perder as pernas, aí ninguém quis verdadeiramente acompanhar, porque seria preciso uma Força maior que a Divina para sustentar o Infinito. Sempre é preciso criar o Infinito, no caso de Você ter esquecido... E quem tem essa Força?", "E por quê? Não lhe dei essa tarefa... Falei tanto sobre a Lei do Amor... O que foi Tudo isso? Sua oportunidade... Não compreendo...", "Bom, nenhum Homem verdadeiramente O compreende, então por que iria Você compreender a mim? Resolvi abraçar a Única Porta sem maçaneta... Por que estaria preocupado com oportunidade? Foi dada alguma depois do Seu Mistério? O Vento e a Maré desmancham a Praia, e até os riscos... Não nasci com uma breve História, mas com o Infinito para me perder, e isso O assusta, por isso esconde-se a cada passo, descobri-Lo é deixar o Infinito maior... Nasci com vários ontens para retroceder... Não diga que não compreende, mas se um Dia houver palavra, diga que admirou como seu mais imperfeito e vivo Espelho, que até vislumbrou outras Eras, alguns seres que sorriram e choraram, com e sem Virtude, para que me instalasse do lado perdido do Horizonte como o Poeta das Janelas impossíveis, e que ali não é possível ser habitante, apenas um desabitante exilado de um único limite, que é a margem onde nunca nasceu a Vida... Diga que no Nunca me viu! Diga que seu vislumbre ecoou para além do longe, e até para Além do Além, onde nenhum dicionário alcança. Se puder esconda minha Existência para além da estupidez de existir! Não diga Nada, porque mesmo Você jamais alcançará a mim... Um grande sufi disse que Deus é que queria o conhecer, mas no meu caso Você fugirá, porque o tamanho do Abismo o amedrontará, e aí será minha Salvação, quando Tudo for menos que Tudo e serei eu Sua última porta de entrada... Nesse Instante haverá menos que Nada, e todo Enigma será Sua confluência... Isso não O assusta?", "Você, Poeta do Horizonte, é meu maior susto... Ainda não sei o que é de ti...", "Não saiba, e aí saberá...". Deus se desconcerta com algumas conversas, mas nesta Ele se perdeu, e os poucos homens que O viram disseram que seu paradeiro é mais incerto que o meu... Talvez por isso o Tempo esteja tão descontente, como ele irá embalar àqueles que sofrem em seus ponteiros? Outro dia nasci sem Janelas, hoje acordei no Horizonte. Disseram que isso era o Império, mas como perdi o Imperador, acabei vagando como Olhos de uma Manhã sem Morada. Para morar é preciso caber, mas meu Peito é maior que a Amplidão e isso nublou Deus e seu Caminho, porque no fundo a sacralidade está em quem perdeu seu quem e caminha sem Vida ou Morte, Rosto maior do Espelho fingido, e só assim se cultiva jardins, sem flores... Um Peito como esse é uma Lei sem Limite, o esconderijo de tudo que some, uma Noite devagar, os amantes para além dos beijos, e até a Morte sem nascimento, bem antes de toda possibilidade... Disse com Força: "Empunha teu Destino como a última Flor de Deus...", mas quando despertei sem Caminho, a Flor estava sem Deus, e o Destino sem mim. Como faria disso a grafia vital da Vida? Se fosse possível uma Biografia, ao escrevê-la o Fogo da Vida apagaria cada letra e só sobraria o Deserto do Infinito para contemplar as cinzas do Impossível. Toda Vida é o Mistério do Impossível. E todos os olhos que me cruzaram, me perderam, porque olharam a fagulha, nunca a Origem. Vi olhos de namorada, vi olhos de amigo, vi olhos de colegas, vi olhos de inimigo, vi olhos de pais, vi olhos de irmão, e todos escorreram pelo canto errado, como se houvesse existido... Mas o que eu diria da minha Mão, como se fosse possível a Eternidade? E a sinceridade? Quantas guerras não travei com o próprio Amor, para que me deixasse dizer uma única verdadeira palavra? Tudo nublado... Mesmo assim tinham olhos participantes do Barco Vazio... Quem navegou não O sentiu, quem O sentiu não navegou... Ficaram entre dois eclipses. Ninguém nasce que não perca o brilho da Lembrança... São outros momentos. Investem como se acreditassem, mesmo não havendo nada para espalhar. É como se fosse firme. Escondem Deus como se fosse certo... Mas um Dia se atrapalham, e de assalto vem uma Força tão assustadora, que só de estar vivo cresce o espanto. Quem nasce do lado secreto da Vida? O despreparo é tão grande para o Olhar, que só a Floresta inventa outra viagem. Chamam as chamas de um relâmpago, mesmo assim não é o Peito. Chamam a Noite. Chamam o noivo, o pai, o amante... E nada ainda chega que seja o resquício do que também chamam "Verdade". Nada tem Seu semblante. Qualquer ritual clama, qualquer voz evoca, qualquer som se perde, e ainda sobram vertigens e moradas... Há morada? Uma ou duas, talvez... Mas onde socorre a fragilidade da Força mais bruta do Infinito? Qual será o eco mais distante que não cabe em um Poema? Um Dia, quando tiver nevado longe do meu Caminho, e nada mais for Poesia, ali haverá minha Verdade... Sem palavra, sem dono, sem...
Como a Ideia do Horizonte, para aqueles que não podem voar, é se manter no Sempre Horizonte, porque sua Vertigem é estar ao alcance da Visão (mesmo uma Visão estreita) e no Jamais se retirar dali, porque qualquer Passo no Caminho do Horizonte é fazer o Horizonte dar um Passo... Para trans-cender o Horizonte só voando mesmo, mas isso é para poucos (e acredite Leitor, não se voa em Aviões ou Drogas...), por isso os poucos iniciados que entendam os Mistérios dos Aforismas e Poemas do Horizonte abaixo: - Não im-porta o Livro, importa no Quem se lê - Quem adentra a Porta do Mistério no Jamais retorna (e perde seu Quem) - Dois Cor-Ações e UM Sangue - Um Abraço dedilhado no Uni-Verso - Todos os Olhos de Deus se apoiam no Infinito - A maior parte das pessoas prefere um Inferno conhecido, a um Céu desconhecido - O Oceano achou a sua Gota... ("What you seek is seeking you") Sem Dia Vejam a Grande Verdade! Deus desperdiçando sua Gota de Silêncio Vertigem dos Últimos Olhos Impressionam o Deserto Quem responderia a Voz mais noturna no Além da Noite? Ou a Vergonha de Tudo que sente? Ainda haverá Passos sem Caminho Quando Deus crescer sem Dia... Deserto de Lágrima A Lágrima que seca é mais que o Rosto Como o Som É mais que Deus A Voz faz imponência num Deserto estremecido Outro Destino acolhe Outro Herói Porque vencedor de Batalha nenhuma Ouvinte maior do Impossível Conduzindo mastros e Oceanos Em UM Dedo Respira o Infinito sem sequer ofegar Ofertando a Eternidade como migalhas do Instante O Oceano se torna uma Única Gota Que secou bem depois do Rosto... Pergunta malevolamente Divina Deus perguntou em Sussuro: "Cadê seu Ninguém?" Tive de sorrir de lado: "Como responder se seu sumiço é Maior que qualquer Destino? Que Voz diria a Festa invisível do Eterno? Não há Quem para esse Último Canto que ficou também sem um Canto pra se esconder... Mas como Você ouviria esse Silêncio Perfeito? Onde? Não tem Onde... Por isso esse "Cadê?" É mais insidioso que seu Ninguém Nele alguns caminham mas fora do Onde ainda não achei Ninguém..." Do Caibalion (Kabbalah) que Cai Cai diariamente frente aos nada sutis Humanos como Balão sem Santo, retiro esta bela máxima que ressoará em algum Entendimento: "Os lábios da Sabedoria estão fechados, exceto aos ouvidos do Entendimento" Se estes Lábios escritos ressoam no seu Entendimento, enfrente o Chamado... Como percebi estes dias, as pessoas se ligam a Assassinos, Corruptos, Bandidos, Poderosos, porque dele podem extrair alguma Migalha que por ventura cair das suas nababescas opulências materiais, a MIM só aqueles dispostos a perder Tudo e ganhar o Eterno NADA de Deus... PS - Se algum Leitor achar meu Oceano, por gentileza navegue até eu voltar a Ser Gota, porque de tanto me perder, naufraguei em mim mesmo, e Agora só chovendo depois de mim pra tornar a Gota maior que o Oceano... PS2 - O Vídeo abaixo suscitou esta postagem: Já que o clima é do "Dia dos Namorados", reafirmemos que a Única Lei no Misticismo é a mesma que rege o Uni-Verso, a Poesia de Deus, os Amantes, os Namorados, os Apaixonados de todas as Horas... O AMOR. Não a Palavra carcomida de Sentido nas bocas já sem qualquer Carinho ou Vida, mas o Estado de Aceitação, Plenitude, Compreensão, que desprende a Alma e A liberta para uma Grande Jornada, e Hoje posso graceder o Eterno por ter na Terra um(a) nAMORada que acende meu Fogo Infinito, e poder celebrar não apenas Um Dia, mas a Vida Inteira...
À Quiquinha dedico mais um Poema do Horizonte: Perdidos de Amor Para os que querem o Amor calculado entre carros e casas darei meu Maior Infinito Para os que querem o Amor dividido entre duas Agendas darei minha Eternidade Para os que querem o Amor escondido entre salas e vertigens darei minha Amplidão E sem me esquecer de Ninguém darei até o próprio Amor Para os que querem o Amor invertido darei meu avesso Para os que querem meu Amor investido como Mercado em Ação darei meus trocados Para os que querem o Amor inventado darei minha última imaginação E para lembrar Tudo darei a Tudo o Último Amor... Os Passos no Jardim do Ontem foram com Convidados do Horizonte (fotos do Evento no LINK), e antes de Buddha entrar em Voz, resolveu dar seu Ar "rúmico" por assim dizer, neste Poema de um Horizonte inacessível, uma nova "Conversa Divina" (maior e mais profunda que de "Shakyonte"). Dedico este Poema ao Eterno:
Deus esculpido em Infinito O Som anterior à batida A Viagem anterior à partida Onde Homens sequer se perdem Porque para perder ainda é preciso ter Ali Ninguém habitou com um Nome Apenas desabrigados do Último Céu Como se soubessem vencer uma Luta inexistente Bem depois do grito Humano e tingido de Fim: "Deus!" Andam sublinhando o Infinito sem Dele perceber O único tecido que costura Vida Qual o semblante de um Espelho Maior? E o Jardim calcinado que inventa o Destino? Quem dispõe febrilmente do Grande Esquecimento? Quem deu sem saber por esse Nome nascer? Quantos Anjos chamados Deus? E quantos Deuses chamados Anjos? Qual a Vertigem perfeita de quem O viu? Vagar como Imperador do Infinito sem ter Outro Homem? Quem dirá a Palavra que derrete as Palavras? Quem pronunciará a Voz do Deserto? Quem verá na Forma seu Além descascado? Quem subirá a Montanha sem Caminho? E a Volta sem Caminho? E o Caminho sem passos? Quem esconderá em Mãos o Silêncio da Joia? Quem cantará a Canção sem dono? Encontrarei nesse Sublime algum Rosto? Ou uma Voz familiar? Quem dispõe do Peito para Cor-Ação? Quem dispõe da Mão por Ilusão? Nem todos os Poetas, nem todo os sufis, Nem todos os zens, nem todos os taos Nem nem do nem, ou o Onde do Onde Permitirá a Luz do Quem do Quem Porque ainda há muito viviam como loucos Não os verdadeiros, mas os que fingem o Dia Ou os que amanhecem completamente mortos Para uma Caminhada sem Início São todos perdidos, nesse Encontro Como se Deus houvesse por fim se esquecido de nascer Ou os ditos Homens de alimentar sua Boca quebrada Quem perdeu a Verdade? O Místico ou Deus? Quem celebraria essa incompreensão perfeita? Quem responderá com a Voz do Além? Quem crescerá sem O ver? Ou O verá sem crescer? É Destino apagado? Esquecimento voluntário? Caminho sem Estrada? Ou a mera invasão do Fim? E aí, bem aí, onde Ninguém chegou A História terá o Grande Início O Peito dançante mal cabe no Instante Sabe que extrapolou qualquer toque grave Sabe que a Manhã é perder a Manhã Sabe que a Noite sequer reluziu Mas todos perderam nos passos fúnebres E que com audácia chamaram Vida... Vida? Vida? Quem realmente nasceu nela? Quem cantou seu Som Indecifrável? Com a Coragem vestida de Carne e Olhos A Luz vira Sangue, Último Império E ainda assim Nada se alcança Como Lembrança de Eras e Eras Ou a Maré longe do Mar Há Espelhos que descansam Há sorrisos que descansam E a quem podemos destinar essa Glória? Quem acende o Abismo para Nele cair? Quem apaga o Mar para Nele se afogar? Se disserem que o Poeta viu, mintam infinitamente! Gritem, esperneiem, não poupem Silêncio! Há muito Sublime por uma fuga Há muita Verdade por um Dia E mesmo assim, quem verter esse Mar Sequer verá o Dia... Todos perdem o Caminho um dia. Como não perderiam sendo Viajantes? Não é no Sempre que a Viagem é perfeita... "What you seek, is seeking you...", eu ouvi certa vez de um Grande Poeta. E o que Você está buscando que Hoje acende e explode seus Olhos? Onde Você aceita o Infinito? E se para isso relacionamentos se quebrarem? Rostos se tornarem amargos? Humilhação? Até onde seu brilho vai seguir a sua Luz? Todos perdem o Caminho um dia... Se não perdessem, como saberiam Dele? Dizem que o peixe não sabe que está na Água, como o Homem não vê o Caminho. Mas retire o peixe da Água, e seu instinto mais lúcido e primitivo o fará se debater até que a Água seja conquistada novamente, e aí ela terá um novo sabor, e uma nova compreensão, a Água será totalmente diversa do que no Sempre tinha sido. Algo mudou. Diz-se que um Buscador foi até um Sábio e perguntou: "Como conquisto Sabedoria?", e o Sábio perguntou: "Quanto Você A quer?", e o Buscador não hesitou: "Mais que Tudo!", e o Sábio que estava perto de um Lago, chamou o Buscador com um gesto, e este ao chegar perto teve a cabeça imersa no Lago, começou a se debater para voltar a respirar, porém o Sábio era forte e o segurou por mais um tempo. Quando soltou a cabeça e o Buscador estava esbaforido retomando o fôlego, disse: "Você quer a Sabedoria como quis Ar embaixo da Água? No dia que quiser tanto a Sabedoria quanto quis Ar, não precisará de ninguém, nem de mim. E será que está disposto a enfrentar o Inferno por isso? Você perderia relacionamentos nesta Busca? Quanto de dor e sofrimento está disposto a suportar até a sua Libertação Final? E a Família? Você tem Família? E se for preciso perder Tudo que julga Hoje valorizar para ganhar algo que apenas poucos Homens alcançaram? E os sonhos de casa, conforto, estabilidade? E até o Sonho de conquistar Sabedoria? E se for necessário perder TUDO? E se até o Ar que buscou agora pouco em sua agonia for pouco diante de Tudo que quer abraçar? Você sabe o preço do Desconhecido? E do Infinito? Quando souber entenderá porque poucos na Humanidade chegaram até o Fim e Libertação Completa... Estará disposto a enfrentar a Morte frente à frente e sorrir para ela? E o que os Homens julgam Amor? A dor de perder um Amor maternal, por exemplo? Ou ver toda a Compaixão expressa no olhar de um cachorro perdido? E a Morte de um filho? Quanto de tudo isso suportaria pela sua Busca? Ou ser considerado louco e ser preso por isso? Ou ser ridicularizado frente ao Mundo, ser considerado Pária, achar que não merece Amor, descobrir com mais dor ainda que todos os relacionamentos que teve até hoje foram apenas algo para o seu desentendimento e confusão, e quase perda e fuga da Verdadeira Busca? Mesmo aqueles rostos lindos foram na Verdade "demônios" para o extraviar do Caminho? Isso dói amargamente... Está disposto? Será que está realmente disposto? Se não estiver, nada posso fazer por você, saiba disso..."
Depois de todas as perdas, algo essencial muda. Há um adágio Zen que assim diz: "Antes da Iluminação eu pegava Água no poço e cortava lenha, depois Dela eu pego Água no poço e corto lenha...". Quase todos buscam nos relacionamentos, casas maiores, novos status sociais, sem perceberem a grandiosidade da Jóia Invisível, e quando se aproximam de um Cristo, de um Buda, correm o mais rápido possível, porque toda a estrutura mental criada tende a colapsar, Tudo perde sentido, e é assustador perceber que um carro novo, um novo namorado, um apartamento mobiliado não significa nada para esse Sábio... Como pode Ser assim? Cristo assusta, mesmo assim, porque tendo visto um Cristo, um Buda, um Mahavira, um Rumi, e sabendo que eles existem, mesmo que fujam, só a constatação de que existem, isso perturba, e a Vida jamais é a mesma. Eles retiram todos ao seu redor da sua "Água", como peixinhos sem saber o que está acontecendo, e agora, conviver com isso será perturbador. Mas sempre há Outra Vida (várias encarnações podem ser necessárias) para os preguiçosos espirituais, e Deus não está com pressa (até porque, não existe Tempo...). Aos Buscadores dou um Poema do Horizonte, lembrando que este Sábado "Shakyonte" será recebido em um Portal de Luz (LINK), dando as Portas para o Infinito. Fica o Poema por um Novo Horizonte: No Comércio dos Mendigos da Emoção Ser Imperador é triste por vezes Pela solitária atração que se torna Compaixão... Comecemos por um silogismo aristotélico simples da mais Nova Velha Sabedoria:
- Conhecimento é Poder - O Poder corrompe Logo... - O Conhecimento corrompe Mas o que este silogismo se atém ao título desta nota da Sinfonia Divina: "Acerca do Amor Verdadeiro"? "ainda que falasse a língua dos Homens, ainda que falasse a língua dos Anjos, SEM AMOR EU NADA SERIA". De que valem os conhecimentos acumulados? Eles embotam a mente e a destroçam, Cedo ou Tarde (demais...). Conhecer é separar, discriminar, julgar. Quem julga e separa perde. SEMPRE. Cognoscere é co-romper, romper juntamente com algo, e o que isso quer dizer? O conhecedor precisa separar, e isso é perder a Unidade Ilimitada (DEUS). Se olho uma Flor, e digo: "Flor", eu acabei de perder a Verdadeira Flor com toda sua textura, simplicidade, fragrância, enfim, perdi sua Unidade. Quando digo "Flor", destaco-a de Tudo que É Não-Flor, separo-a de Tudo no Uni-Verso e fecho a ideia "Flor", e se perde sua interconexão com o Todo que é o Nirvana, a imersão na diluição do Ser, porque Tudo está interconectado (pesquisar Campo Akáshico, Teoria do Caos, Teoria da Complexidade), perde-se em suma, à Flor que está Sendo em frente a mim, e Sendo somente, e tão somente, porque EU SOU, e ela É por meio do meu aparelho biológico (corpo físico). A Palavra é uma ferida no Campo de Con-Sciência, ela tem de frear o fluxo perpétuo de Tudo para criar uma ideia. Isto é um Trauma, uma pancada na Psiqué, que agora terá de levar uma Vida, ou várias, até se purificar. E tem como Ser diferente? Sim, voltar à Visão virgem desta Flor, e nela apenas amar irrestritamente o que o Uni-Verso levou (isso é controverso) por volta de 14 bilhões de anos para chegar a essa forma, e você para a contemplar com este corpo que lhe é possível. Como pode uma criatura de tamanha arrogância se separar, julgar, destruir o Único Instante da VIDA? Conhecer é querer encaixar o Velho ao Eterno Novo. O Rio É impermanente. "não se entra duas vezes no mesmo Rio", e se aceitarmos o Cor-Ação desta frase em sua lucidez profunda, sequer conseguimos entrar pela Primeira Vez, porque a transmutação do Rio e do conhecedor É a todo Instante. Perpetuamente impermanente. Por isso o SER É UNO, por isso os Místicos Iluminados sabem e não conhecem. Saber é amar, conhecer é se perder. E muitos se perdem pelos conhecimentos mefistofélicos, perdem sua criança para além de Bem e Mal. Por isso "sejam como esta criança no Reino dos Céus". Conhecer é perder Deus, é perder a virgindade de TUDO que agora É. Isto É o Amor verdadeiro, quando o conhecimento todo acumulado se foi, e Tudo pode ser sem julgamento, sem separação, sem Passado... Tudo transmuta neste único Instante perfeito de DEUS. O Rio sobe, desce, lava, consagra, inventa caminho, contorna, molda, escava, investe, permite... Mas no Jamais empaca, Jamais para completamente, mesmo quando parece ao formar um Lago... Se esta nota parece obscura, talvez Herakleitos, ho Skoteinos tenha sido incorporado, mas para aqueles que compreendem a Clareira do Ser, vêem a Verdade sem travar, porque a Verdade é a qualidade do ver, desse ver virgem, sem a trave nos olhos... Travar é querer o Passado, algo trava e diluí a verdadeira Visão. Deus conhecendo Tudo, não quer que o Homem conheça (e aqui está o Pecado Original), porque afinal de contas, Ele conhece Tudo, porque pediria isso dos Homens? Isso é irrelevante para Ele, o que realmente quer, É AMOR. Por isso, acumular uma enciclopédia nos ombros, se não se juntar ao Amor (e assim virar SABEDORIA), será um fardo completamente desnecessário. O conhecer rompe o Elo Primordial, e aí os Homens precisam correr para as Religiões com suas frágeis liturgias na Busca de uma religação, porque perderam Amor, perderam Deus em sua mais Pura Essência. Conhecer é romper o Rio, perder a Flor, querer encaixar no Novo o Velho, o que é impossível nesta transmutação impermanente que flui Tudo que É... Por isso do Amor Verdadeiro digo: - Veni vidi vici - Uma gota de Amor derruba uma muralha de Ódio Uma das frases gracedo de Cor-Ação meu Amor Terreno (Érica)... Termino esta nota com um Poema do Horizonte: As Luzes no Chão também São a Constelação do Último Deserto Adoramos o Cavalo e sua Imponência, como não ser imponente ao cavalgar um Mangalarga Marchador? Até os Deuses devem se sentir invejosos de ver esse Espetáculo que é cavalgar com Girassóis no Caminho e deslumbrante e extasiado com a União Mística entre Cavaleiro e Cavalo. Porém, como pode medrar a Sabedoria na Imponência? A Sabedoria é se recolher quando todos gritam, a Sabedoria passa e não deixa rastros. "E você, maudit Poète d'Horizon, que tanto escreve, e com tanta Imponência por vezes, por que não anda sem deixar rastros?", pode o Leitor questionar... Porque essas Palavras não são sábias, são Palavras... Porém meu Andar e Mãos são como a Vertigem de Uma Flor, ou até a Sabedoria do Burro... Do Burro? Por que na Escola chamamos alguém com certa deficiência na apreensão de algum conceito que querem que se saiba (ou seja, não é algo que a Criança/Jovem realmente quer incorporar, ou não pode naquele momento) de Burro? Qual seja, o chamar alguém pejorativamente de Burro, condiz com a sapiência absurda do Burro? Sabedoria, e todo Verdadeiro Sábio assim o sabe, é passar sem deixar rastros, e como um Animal, extremamente adaptado ao seu meio, que fica a maior parte do tempo "empacado", quieto, sereno, ruminando, silencioso, sem incomodar tanto os demais (embora isso seja Impossível para quem sabe da Teoria do Caos e da Complexidade, afinal, Tudo É Um), e que serve (é um Animal servidor, que sobe Colinas, Montanhas com pesos imensos sem reclamar e aceita muito pouco em troca, por vezes só a Comida...), embora não sirva tanto para se pintar um Napoleão ou um Pedro I, afinal, pega mal para a Imponência... Mas quem realmente se importa com a Imponência suntuosa dos "Templos de Salomão", ou os "Taj Mahal"? Quem se importa com jatinhos e BMWs? Um maudit Poète, ou um Executivo, Autoridade e os Donos do Mundo? A Mula (extremo maior da Sabedoria), cumpre mais ainda à risca a máxima de "não deixar rastros", porque sendo híbrida sequer pode gerar descendência. Ela nasceu para servir. Cumpriu a que veio? Parte sem uma lágrima. Gerou Dinheiro (Religião última dos espertos e inteligentes) para os Exploradores, e nem ligou. Gerou Travessias inteiras de Montanhas, Colinas e Vales, e também, nem ligou... Festas foram possíveis, novas formas de Vida, complexos sistemas de Escravidão, Colheita, Mineração e Extração, e ela nem ligou... A Mula, ou o Burro, é que são Burros? (Leitor, por gentileza, leia "Gimpel, o Bobo") A Mula empaca quando quer, e não liga para esbravejos, xingamentos, palavras ofensivas, esporas, ou seja, não importa o que digam Dela, Ela vai parar no Onde e no Quando quiser! Embora saiba andar para não se machucar desnecessariamente quando o "dono" é mais bruto que o Sábio Animal... Enfim, veio, vive Uma vez, cumpre em completo Silêncio seu Destino, e se retira sem Uma Palavra. Sequer deixou rastros de descendência. Ou seja, seu Nirvana é perfeito! Serve, silencia, rumina, e nem deixa rastros visíveis para os incréus! Sabedoria exemplar! Aliás, permite Napoleões, Dom Pedros I, porque embora na Pintura estejam Cavalos empinados e esvoaçantes com suas crinas e patas imponentes, quem realmente subia os morros e colinas nas guerras, eram as "Burras" Mulas, que agüentam o tranco, agüentam a Montanha, mais que qualquer Cavalo de Raça e seus "Puros Sangues". A Mula permite a Opulência assim como a Pobreza extrema, e nada disso A abala! Permite ser Escrava sem reclamar, porque sabe no seu mais fundo profundo que sua Liberdade NÃO depende do que Dela dizem, e sim, da sua ruminação paciente, da sua atitude "empacadora". Mas a Estupidez continua, embora, tenha lá sua Arte também o Cavalo. Mas como diz um também Sábio e Antigo ditado: "Prefiro Asno que me carregue, que Cavalo que me derrube". Vou seguir empacando quando der...
Para finalizar esta Postagem, Dois Poemas do Horizonte: Mistérios maiores Tenho em Mim todos os Mistérios e mais alguns Que destronam Imperadores e levantam Castelos Ontem o Sol Negro foi bem maior que o Eclipse Na Vertigem perfeita de quem nasce Não há esconderijo para quem vê Nem isolamento para quem toca Pois o Último vestígio é o Primeiro de quem percebe Nesse Campo de Lembranças que quase esquecemos E damos por Nome de Vida Invenção de um Jardim no Espelho do Invisível Quando Tudo recai dizem sobre soldados Que a Tropa é a Vergonha de quem luta Mas na Verdade nem há Tropa ou Vergonha Mas para isso somem Caminhos E se lançam novas Pedras pela Estrada empoeirada De uma colina que no Nunca sobe... E quem isso viu, assustado Realizou que nem o quem realmente existiu... Raiz última sem Nascimento O Imperador nasce no tiro escuro De uma proteção totalmente especular Onde nascem também Sóis desprovidos Na sacra simplicidade de um lugar Tudo é menos que Nada Mas ainda há chance e muita Verdade No Rosto de Deus Sou Seu riso e Jardim Último resquício dos passos Onde se aloja um quarto e a inteireza do Sábio Que sabe passar sem os Pés... Porque seu Império É bem Além do Além Raiz de Tudo que chamam de Luz... |
Poeta do HorizonteAlguém que dos retalhos da Vida, retira olhares e sinceridades inauditas... Histórico
May 2023
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