Os Passos no Jardim do Ontem foram com Convidados do Horizonte (fotos do Evento no LINK), e antes de Buddha entrar em Voz, resolveu dar seu Ar "rúmico" por assim dizer, neste Poema de um Horizonte inacessível, uma nova "Conversa Divina" (maior e mais profunda que de "Shakyonte"). Dedico este Poema ao Eterno:
Deus esculpido em Infinito O Som anterior à batida A Viagem anterior à partida Onde Homens sequer se perdem Porque para perder ainda é preciso ter Ali Ninguém habitou com um Nome Apenas desabrigados do Último Céu Como se soubessem vencer uma Luta inexistente Bem depois do grito Humano e tingido de Fim: "Deus!" Andam sublinhando o Infinito sem Dele perceber O único tecido que costura Vida Qual o semblante de um Espelho Maior? E o Jardim calcinado que inventa o Destino? Quem dispõe febrilmente do Grande Esquecimento? Quem deu sem saber por esse Nome nascer? Quantos Anjos chamados Deus? E quantos Deuses chamados Anjos? Qual a Vertigem perfeita de quem O viu? Vagar como Imperador do Infinito sem ter Outro Homem? Quem dirá a Palavra que derrete as Palavras? Quem pronunciará a Voz do Deserto? Quem verá na Forma seu Além descascado? Quem subirá a Montanha sem Caminho? E a Volta sem Caminho? E o Caminho sem passos? Quem esconderá em Mãos o Silêncio da Joia? Quem cantará a Canção sem dono? Encontrarei nesse Sublime algum Rosto? Ou uma Voz familiar? Quem dispõe do Peito para Cor-Ação? Quem dispõe da Mão por Ilusão? Nem todos os Poetas, nem todo os sufis, Nem todos os zens, nem todos os taos Nem nem do nem, ou o Onde do Onde Permitirá a Luz do Quem do Quem Porque ainda há muito viviam como loucos Não os verdadeiros, mas os que fingem o Dia Ou os que amanhecem completamente mortos Para uma Caminhada sem Início São todos perdidos, nesse Encontro Como se Deus houvesse por fim se esquecido de nascer Ou os ditos Homens de alimentar sua Boca quebrada Quem perdeu a Verdade? O Místico ou Deus? Quem celebraria essa incompreensão perfeita? Quem responderá com a Voz do Além? Quem crescerá sem O ver? Ou O verá sem crescer? É Destino apagado? Esquecimento voluntário? Caminho sem Estrada? Ou a mera invasão do Fim? E aí, bem aí, onde Ninguém chegou A História terá o Grande Início O Peito dançante mal cabe no Instante Sabe que extrapolou qualquer toque grave Sabe que a Manhã é perder a Manhã Sabe que a Noite sequer reluziu Mas todos perderam nos passos fúnebres E que com audácia chamaram Vida... Vida? Vida? Quem realmente nasceu nela? Quem cantou seu Som Indecifrável? Com a Coragem vestida de Carne e Olhos A Luz vira Sangue, Último Império E ainda assim Nada se alcança Como Lembrança de Eras e Eras Ou a Maré longe do Mar Há Espelhos que descansam Há sorrisos que descansam E a quem podemos destinar essa Glória? Quem acende o Abismo para Nele cair? Quem apaga o Mar para Nele se afogar? Se disserem que o Poeta viu, mintam infinitamente! Gritem, esperneiem, não poupem Silêncio! Há muito Sublime por uma fuga Há muita Verdade por um Dia E mesmo assim, quem verter esse Mar Sequer verá o Dia...
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Poeta do HorizonteAlguém que dos retalhos da Vida, retira olhares e sinceridades inauditas... Histórico
May 2023
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