Convém a um Poeta do Horizonte cumprir o seu mais destemido nome: Horizonte. Símbolo único do inapreensível e inalcançável (tente quando houver Dia e Plenitude em tua caminhada alcançar o Horizonte e verá levemente o que aqui é dito...), este Ser se coloca numa Morada, num local de postura existencial no qual alguns podem o ver, mas ninguém o pode alcançar. Por quê? Há certos entendimentos que colapsam nosso Deserto interior e fazem surgir um Oásis onde julgávamos o mais dolorido e pesado de nós mesmos. Pois daí surgem as Flores mais esplêndidas. São resoluções e posturas existenciais que balançam o equilíbrio desse Uni-Verso e sua rachadura do Destino que deveria ser o Silêncio de Deus. Todo Mestre sabe a Hora do seu retiro... Hoje decide o Poeta cumprir a que veio, criando uma cabana modesta nesse Horizonte que ninguém alcança. Hoje, e é Sempre só Hoje, o Poeta poetizou sua Nova Jornada. Um novo passo rumo ao Mysterion foi dado, e que as Musas celebram neste Poema intitulado com seu nome mais lapidar, com seu nome de Epitáfio e Nascimento, com seu nome antes de qualquer significado, antes de qualquer céu despojado de sua claridade ou nuvens, como o tecido mais imperfeito criando a mais bela manta que pode cobrir seu dorso Nobre e esbelto de galã do impossível, o que talvez diga muito de sua perdição por sendas inconscientes. Que se abram as portas do Poema! Poeta do Horizonte O Poeta se mantém no Horizonte Onde poucos vêem e ninguém alcança Seu rosto despedaça o Destino maior Seu sangue É o conforto da Luz Tua Morada é Tudo que pode Ser Eis um passo que escondeu o Jardim Mas isto, somente as Flores sem olhos podem ver Quem anda pro Eldorado perde o poeta e o pote sem Ouro É uma Nova Jornada de um caminho sem honra Pedido no perdido átomo esvoaçante Cabem Mundos ainda por recolher Seu Mistério contemplado como o Templo do Infinito Seu ruflar é intranqüilo porque despede manhãs Todas fumegadas na ilusão do Oásis Teu Deserto não cabe na foto desmanchada Tua Vida uma significância sem qualquer palavra Porque muito antes do Verbo de muito antes Há sons e espelhos fragmentados de olhos Quantos andarão por esses passos que revelam Um tanto de água e despedida? Quantos brilharão sua Jóia mais Eterna? Ou derrotarão a miséria impossível de desejar? Retalho imenso dessa Vida faz um tecido nublado Um frágil acontecimento entre o Nada e a Voz Como se a perpétua indagação fustigasse O cerne mais inclemente da odisseia menor Que é retornar casado e de mãos dadas Com a própria lembrança do Agora... Pois Agora apenas Olhos calmos e honestos poderão ver esse Novo Horizonte, esta Nova Jornada. Que haja Sangue! Que haja Vida! E muita despedida... Encarnarei as palavras de Nietzsche Agora, então que só me retirem da minha Solidão para oferecer verdadeira e boa companhia... Abraços poéticos-existenciais PS - Uma dica existencial para os ansiosos das Horas perdidas:
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Poeta do HorizonteAlguém que dos retalhos da Vida, retira olhares e sinceridades inauditas... Histórico
May 2023
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