Aforisma da Tia Zulmira:
"Deus escreve certo por linhas tortas... o problema é que está cheio de analfabeto" Nessa linha (mais ou menos torta, e sabendo que não adianta escrever, mas teimosia é a Grande Arte do Horizonte), escrevi um Poema matutino que ressoa esse aforisma, e assim o vai abaixo: Deus escriba Fui à Biblioteca de Deus e encontrei seu último Silêncio Ele realmente escreve certo por linhas mortas Porque delas surgem o analfabetismo letal Os indícios e índices já contam toda a Grande História Mas ninguém sussurra as letras e seus espaços inventados no Deserto Por isso quem leu vê e sabe como o pau comeu E o descanso dessa leitura é um divã de mármore de um Rei completo Alguns leitores enlouquecem firmemente, e outros criam suas jaulas febris Enquanto outros como o sopro do Jardim criam um Silêncio de marfim E fazem Dele Um Mar no Jamais navegado...
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Esse é um texto antigo, mas nem Tudo do Antigo se perde...
http://cafemusicaefilosofia.blogspot.com.br/2013/02/matrix-um-oceano.html Um Dia o Poeta acorda estarrecido com a Grande Verdade que descobre! E ela se revela em uma frase para os incautos:
O Oculto É aquilo que está à frente de todos e É invisível por anestesia... A última Palavra foi sugestão do caríssimo Bernardo Pereira Destino de Poeta não é coisa simples, mas como qualquer Destino, é regido pela Força Maior. De Dante, teve que passar seus três estágios por Beatriz. Drummond foi expulso de colégio por "insubordinação mental". Hölderlin acabou numa torre encontrando os Olhos de Deus. Este que vos (em voz) fala, teve um percurso enigmático, até a percepção maior e entendimento que a Graça vem da aceitação e do abraçar infinitamente o Instante que permite este Olhar. O Destino me levou o que eu durante alguns meses julguei que era Amor, mas Deus guarda tudo no seu Tempo aos seus filhos, e no lugar mais improvável frutificam Olhares que disseram tudo sem uma única palavra, e duas Almas se encostam, se encantam e se despem como instrumentos e veículos do Grande Amor. O Poeta nunca sonhou que este Amor existisse, e fosse encontrado na "Casa dos Loucos", para além dos julgamentos, lá se pode Ser sem que a Força julgadora possa se manter, apenas Ser como se É, sem máscaras por um Coração velado, que tanto vi até Hoje nos homens, por dinheiro ou outras vilezas e pequenezas das quais não participo. Certamente só lá a Alma pode ser despedida com tanta Força que apareçam a Verdade e o Grande Caminho. Os amantes que se desencontraram nessa Jornada, e desconfiam que o Verdadeiro Amor não exista, aguardem, pois onde e na hora que menos se espera, Deus dá sua Graça e mostra uma imensidão que parece coisa de filme, mas que Hoje o Poeta pode com toda convicção que Deus lhe permite afirmar: "Existe Amor Verdadeiro!". Hoje os passos do Poeta parecem levitar, e longe da Paixão e sim do Amor. As Mãos se tocam com o tamanho da cumplicidade infinita... Gracedido de todos os poros de meu corpo, faço esse agradecimento público, porque Poeta com Amor Verdadeiro é quase uma "contradictio in terminus".
GRACEDIDO UNI-VERSO POR TUDO QUE ME DEU ATÉ HOJE, E PRINCIPALMENTE ESTE AMOR... ALGUÉM QUE ENFRENTOU O DESALENTO DA DEPRESSÃO E PENSAR QUE ERA IRRELEVANTE ESTAR VIVO, DE REPENTE ENCONTRAR TANTO APOIO E AMOR SINCERO ENCHE MEUS OLHOS DE LÁGRIMAS POR ESSA "REDE DO BEM"... GRACEDIDO DE TODO CORAÇÃO... POETA GRACEDIDO É UMA POESIA MAIOR QUE AS LETRAS POSSAM DAR... Nas Mãos da Capela (À Érica) Na Capela da Magia em Mãos Duas Estrelas divinas encontram um Destino em Luz Os passos cantaram anéis sem despedida Mas não há fuga do Infinito Hoje a Voz recolhe o descanso dos anos Como se a Muralha do Império fosse o Amor O Amor que sempre pareceu a miragem perfeita Hoje é o riso vertido na distância de um telefone Os dois crescem em Olhos de Deus E sabem que o Caminho é firme, mesmo no inverno Mesmo que haja espera o Poema é a carta Que vem do Mistério de ainda existir... O que as Mãos tocaram Deus sorriu E não há engano mesmo para os Anjos Eles celebram e festejam no pensamento do sentimento O medo eclipsou e os rostos se abriram Os anos abriram sua fenda com a Força de um nascimento Porque agora, e só agora, nasceu a Unidade... De duas Estrelas que resolveram enfeitar o Mundo Para enganar a Sombra de seu próprio engano E a isso os dois sem querer no sem querer do Destino Abraçaram, para além da vergonha, um Olhar perfeito Que fez da Flor o símbolo maior Que nem os anéis em aliança chegaram a ver Porque quem ama com Força esconde a Passagem Abre-se pro Mistério e beija o sorriso Como se fosse o último a inventar o Tempo No Dia que não abraçaram o Peito inflamado Bem antes de nascer em Almas originárias Cantaram e riram, porque finalmente se reencontraram... Aprendi que o valor de um Homem é do tamanho de seu Silêncio, por isso vou falar: Dante atravessou o Inferno e o Purgatório para que Beatriz o conduzisse pelo Paraíso e o Meta-Paraíso, Início (Origem-ARKHÈ) real da História. Bia ("Eu vou convidar Anabia, eu vou... Eu vou pra Maracangalha...") deu as mãos a Dante, em uma Jornada heróica e com MUITO Amor con-duziu o Poeta pelas novas Veredas, como uma Índia, que sabe os passos da Terra, em olhar de graúna, lábios perfeitos em Mel, cantaram uma Manhã tão viva e resplandecente que os Pés ganharam Olhos, e os Olhos passearam com o encanto dos Pés de uma aleatoriedade de Destino... E haja Hoje Sangue... E Amor...
Guarani meu Guaraná Ter os pés nas Estrelas assim como os Olhos passistas Conduzidos por Bia num Metaparaíso Portal novo de Amor quase escondido de janelas Que num súbito despede e despe Dia e Enigma Com a Força única de um Sol nascente... Convém a um Poeta do Horizonte cumprir o seu mais destemido nome: Horizonte. Símbolo único do inapreensível e inalcançável (tente quando houver Dia e Plenitude em tua caminhada alcançar o Horizonte e verá levemente o que aqui é dito...), este Ser se coloca numa Morada, num local de postura existencial no qual alguns podem o ver, mas ninguém o pode alcançar. Por quê? Há certos entendimentos que colapsam nosso Deserto interior e fazem surgir um Oásis onde julgávamos o mais dolorido e pesado de nós mesmos. Pois daí surgem as Flores mais esplêndidas. São resoluções e posturas existenciais que balançam o equilíbrio desse Uni-Verso e sua rachadura do Destino que deveria ser o Silêncio de Deus. Todo Mestre sabe a Hora do seu retiro... Hoje decide o Poeta cumprir a que veio, criando uma cabana modesta nesse Horizonte que ninguém alcança. Hoje, e é Sempre só Hoje, o Poeta poetizou sua Nova Jornada. Um novo passo rumo ao Mysterion foi dado, e que as Musas celebram neste Poema intitulado com seu nome mais lapidar, com seu nome de Epitáfio e Nascimento, com seu nome antes de qualquer significado, antes de qualquer céu despojado de sua claridade ou nuvens, como o tecido mais imperfeito criando a mais bela manta que pode cobrir seu dorso Nobre e esbelto de galã do impossível, o que talvez diga muito de sua perdição por sendas inconscientes. Que se abram as portas do Poema! Poeta do Horizonte O Poeta se mantém no Horizonte Onde poucos vêem e ninguém alcança Seu rosto despedaça o Destino maior Seu sangue É o conforto da Luz Tua Morada é Tudo que pode Ser Eis um passo que escondeu o Jardim Mas isto, somente as Flores sem olhos podem ver Quem anda pro Eldorado perde o poeta e o pote sem Ouro É uma Nova Jornada de um caminho sem honra Pedido no perdido átomo esvoaçante Cabem Mundos ainda por recolher Seu Mistério contemplado como o Templo do Infinito Seu ruflar é intranqüilo porque despede manhãs Todas fumegadas na ilusão do Oásis Teu Deserto não cabe na foto desmanchada Tua Vida uma significância sem qualquer palavra Porque muito antes do Verbo de muito antes Há sons e espelhos fragmentados de olhos Quantos andarão por esses passos que revelam Um tanto de água e despedida? Quantos brilharão sua Jóia mais Eterna? Ou derrotarão a miséria impossível de desejar? Retalho imenso dessa Vida faz um tecido nublado Um frágil acontecimento entre o Nada e a Voz Como se a perpétua indagação fustigasse O cerne mais inclemente da odisseia menor Que é retornar casado e de mãos dadas Com a própria lembrança do Agora... Pois Agora apenas Olhos calmos e honestos poderão ver esse Novo Horizonte, esta Nova Jornada. Que haja Sangue! Que haja Vida! E muita despedida... Encarnarei as palavras de Nietzsche Agora, então que só me retirem da minha Solidão para oferecer verdadeira e boa companhia... Abraços poéticos-existenciais PS - Uma dica existencial para os ansiosos das Horas perdidas: Nietzsche encontra no mundo físico (pulsões de energia), duas forças: Ativas e Re-Ativas. As Ativas se propagam em forma de expansão e querem ir até o não-limite de suas possibilidades existenciais, porém encontram no caminho forças Re-Ativas ao seu Élan Vital, ou Pulsão Alegradora (Espinosa), ou seja, o que apenas limita a expansão das energias Ativas do Uni-Verso são as Forças Re-Ativas que esbarram e querem conter uma Força Ativa. O motivo? Uma Força Re-Ativa não consegue encontra energia em Si para se expandir e precisa a todo ato de expansão Ativo tentar conter aquela energia que des-conhece. Trans-ponha ao Mundo e aos Homens uma realidade Física (nós somos poeiras de estrelas, nossa psiqué segue as ordens e leis físicas, e precisam agir ou re-agir conforme suas próprias pulsões, seja isso químico, físico [desde a newtoniana em "Ação-Re-Ação", ou einsteiniana, ou quântica ou da teoria das cordas, Nada escapa à essa lei primeva de Pulsões de Expansão e Pulsões de Retração, vide Expansão do Uni-Verso e os Buracos Negros], e as leis da psiqué não são tão diversas das leis físicas, pois se uma Força Ativa tenta se expandir e é contida em Re-Ação gera-se o que nós popularmente chamamos de "trauma", ou seja, uma pancada Re-Ativa ao pulsar que deveria ser fluído de Expansão de uma energia, gera sua marca na energia que iria (e pode ir independente da Re-Ativa) se expandir. Assim se conformam quarks, léptons, bósons, elétrons, átomos, moléculas, compostos, células, ..., Humano, diante de comportamentos da Energia a ser con-formada. Quem comanda isso? O Campo Akáshico (vide Ervin Laszlo), nesse embate sem empate (o empate das forças Ativas e Re-Ativas nós chamamos de Iluminação, quando o equilíbrio interno de todas as funções foi percebida no Corpo, na Matéria, na Carne, e agora não mais a Duplicidade Positivo-Negativo/Ativo-Re-Ativo, mas a aceitação e re-conhecimento da Unidade do Uni-Verso, serve desde as mais antigas formas de sabedoria que apenas a Unidade pode trazer Equilíbrio, e Equilíbro significa subir ou descer nas ondas emocionais, mas se manter como uma bóia, apenas compreendendo aquelas E-Moções, não mais se movendo, mas deixando que a maré seja a maré, equilibrar-se não é estar sempre na mesma posição, mas trazer o balanço equilibrista de um equilibrista de circo, que precisa ir para direita e esquerda, senão cai. Parece um texto ab-surdo, con-fuso? Só pense o seguinte, toda a Espiritualidade sabe mais física que os físicos, quando Parmênides afirma a Unidade do Ser, ou Buddha que a Impermanência pode ser equilibrada na maré das E-Moções, ou o Tao quando afirma a Unidade do Caminho e a aceitação dessa Estrada que resguarda perigos, e MUITAS Forças Re-Ativas, o interessante é a Expansão continuar independente da Re-Atividade Física/Humana... Por mais louco e in-sano que tudo isso pareça, os Homens participam do Re-Equilíbrio das Pulsões Energéticas do Uni-Verso. O que são Afetos? E-Moções? Res-postas neuro-fisiológicas das Energias buscando um Equilíbrio Homeo-stático. Um biólogo, um físico, um místico, todos esses três têm mais propensão a entender o que aqui foi dito aqui que os próprios psicólogos buscando a raiz na conformação do Medo e de outros Afetos. Estamos todos falando a mesma coisa com meios diversos, mas os psicó-logos estão buscando na con-formação da matéria, em palavras e uma lente epistemo-lógica que olha a con-formação dos Afetos Humanos, e o problema, a raiz é muito maior e precedente. O que é o Medo? Uma con-formação das energias que se fizeram carne e moldaram uma pulsão energética em re-conhecimento. Vivemos em um Campo de Con-sciência. Uma formiga exala suas con-formações de energia nesse mesmo Campo, e por isso o ruflar das asas de uma borboleta na China pode causar um tufão nos EUA (Teoria do Caos-Fractal-Complexity Theory), porque a participação no Campo da Con-sciência é equivalente de um elefante, uma planta e um homem, somos todos Energia pulsante. Apenas verifique, em sua Vida, se as Pulsões Re-Ativas falam mais alto que as Pulsões Ativas, neste caso, você cedeu a outras pulsões Re-Ativas "passadas" (estão mais pre-sente do que parece...). Por isso, o que um Romano fez no Lácio Clássico re-verbera suas ondas até hoje, porque isso é Pre-sença e não Au-sência de Energia, de Con-sciência. Se o Campo é Um, se o Uni-Verso é uma Unidade, não importa tanto se estou numa caverna, no Japão, no século 18, no XXI, tudo que resta é pó de um sonho no Único Instante deste Cosmo que REALMENTE existe, que é o Instante da Con-sciência. Toda a Con-sciência está diante de nós, toda a pulsão, ela só assume formas materiais e energéticas que este Instante permite. O Tao da Física (Fritjof Capra) é perceber e se Iluminar. Aliás todo o Zen está assentado que só há ilusão de tempo, de matéria, e tudo é o Campo Búdico. Por que a ciência leva milênios para re-conhecer o que é dito há milênios? Os monges e yogues de 3 Milênio (!!!) atrás, vide Ashta Yoga, dizem A MESMA COISA que a Física atual está falando na Teoria das Cordas! Basta ter con-sciência e aceitar o Tao, Buda, Zen, Caminho, Iluminação (dê a denominação que quiser, pois o Tao é inominável, leiam os belos poemas do Tao-Te-Ching) e boiar nas Ondas do Uni-Verso...
Enfim, gastei minha cota de sanidade Ocidental-Cartesiana e de tamanho de texto de Blog, e é melhor silenciar... Sabedoria luminosa é voar tão baixo quanto possível para que o vejam voar, mas alto o suficiente para que não o peguem... Mas se um arqueiro excelente o atingir e se cair desfalecendo que se sirva de alimento pleno dos tesouros que se recolheu voando perto e faça no Coração deste excelente um Jardim de Tesouros com a sua Grande Jóia Rara...
Essa semana se me "apareceu" uma figura:
- Mas é claro que tenho consciência, eu fecho a torneira escovando os dentes! Ótima frase, mas como se ela libertasse para destratar os outros, ser agressivo, enfim... Parecido com aquela senhorinha que separa o lixo orgânico do reciclável impecavelmente para ajudar os coletores e recicladores que vão vasculhar o lixo, e quando chega o lixeiro o maltrata, afinal, ele é "só" um lixeiro... Alguém conhece uma figura dessas tão "humana" de contradição que nos cria um personagem completo na alma? |
Poeta do HorizonteAlguém que dos retalhos da Vida, retira olhares e sinceridades inauditas... Histórico
May 2023
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