O Poeta participa de um grupo de compositores e músicos que se reúnem para fazer exercícios de composição. No último Encontro o Poeta (como todos) foi desafiado a fazer três sextilhas em rendodilha maior com o tema que as Estações remetessem. O "produto" vai abaixo, mas como o Poeta fez errado, saíram três tercetos e as Estações são resquícios de reminiscências que suas sensações proporcionam, ou seja, não se "vê" a Estação diretamente, mas uma reminiscência do Poeta, assim no Verão uma conversa infinita na Praia, o Inverno o fim de um relacionamento, o Outono um certo aconchego do Amor-próprio, o Amor por Si, porque sinto no Outono um recolhimento, e por fim a Primavera o florescer do Amor que estou vivendo em Força... Que venham as Estações ("... nada mudoouuu..."):
Vitrine sem Lar (Inverno) A comida não sumiu nas frestas vivas dos dias do Mistério invernal Mas na dúvida da Mesa ainda restos e fotos de um Amor sem Ouro Como lembrança mendiga de algum Dia sem quarto que no jamais se comprou... Olhos crescidos (Primavera) Uma vez rezei pela Flor de um Amor vencido no Jardim do Destino Mas o que cresceu se foi nas Mãos da viva Capela, Oração do Coração Carta maior com os Olhos que escreveram os passos que fizeram Infinito Praia sem Deserto (Verão) Uma conversa sem palavras na areia da Manhã destrona o Tempo último São outros Olhos pelas Mãos perdidas do sorriso que se encaixa em Mistério Duas despedidas não cabem no preço maior da Saudade conquistada... Beijo em Si (Outono) Fiz amizade com o Céu na Esperança do Destino conceder a minha Manhã Para guardar Solidão como tesouro antigo e sem a chave de cofre Porque o Grande Amor está ainda muito em Espelho a beijar o seu Narciso
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Poeta do HorizonteAlguém que dos retalhos da Vida, retira olhares e sinceridades inauditas... Histórico
May 2023
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